sábado, dezembro 08, 2012

Advertência alemã

"A frase do antigo presidente do Vitória de Guimarães Pimenta Machado, que dizia que no futebol o que hoje é verdade, amanhã é mentira, também se aplica à política e à alta finança.

Basta ver o que aconteceu a Vítor Gaspar, que no Parlamento disse que Portugal e a Irlanda, de acordo com o princípio da igualdade, também seriam beneficiados pela suavização das condições do empréstimo à Grécia. A 3 de Dezembro, ainda não tinha passado uma semana sobre tão promissora declaração, e Gaspar teve de se auto-desmentir com uma declaração que o define: "A simplificação excessiva de assuntos complexos conduz, inevitavelmente, a mal-entendidos". O que se passou entre os dois momentos: uma advertência do ministro das Finanças alemão.

Para o Governo alemão, a 10 meses das eleições, o pior que podia acontecer era o ruído causado por um bónus à dívida portuguesa e irlandesa. Mas como é que se explica aos portugueses que estão a fazer sacrifícios para não serem como a Grécia, se os gregos pagam menos juros? Qual é a vantagem em cumprir?

O ano 2013 será o 4.º de recessão. Com o PIB a baixar, o défice a persistir, a dívida estratosférica, a diferença entre Portugal e a Grécia, é de apenas 2 anos de recessão."

 Armando Esteves Pereira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não pagar e voltar ao Escudo, afinal os bancos é que receberam pelas jogadas de casino, foram recompensados por políticos corruptos.
A recessão se é para continuar então fechemos o país, voltemos à economia medieval, pois é isso o que já existe.

domingo, dezembro 09, 2012  

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