Hora de acordar
"Começando pelo óbvio: se Portugal beneficiasse das mesmas condições concedidas à Grécia para pagar o seu empréstimo, isso traria benefícios à moribunda economia lusitana.
No adiamento dos pagamentos, com certeza. Mas também na diminuição (moderada) da sua dívida e da sua despesa pública com juros. Isto, e só isto, já devia bastar para que Passos Coelho exigisse igualdade de tratamento junto dos parceiros europeus.
Infelizmente, os parceiros europeus não estão dispostos a perder dinheiro, por residual que seja, com Lisboa. O que significa que, em 72 horas, o governo deu piruetas sobre piruetas para negar o que tinha afirmado e para afirmar o que tinha negado.
Como espectáculo, não se recomenda. Como estratégia política, está a um passo do suicídio. Acorde, dr. Passos: Portugal, de facto, pode não ser a Grécia. Mas também não é a Alemanha nem se confunde com os interesses económicos (e eleitorais) de Berlim."
João Pereira Coutinho
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