O último dos males: a esperança.
Depois de invernoso tempo, de
limpar a toca e enterrar alguns dos meus fantasmas, porque todos é tarefa
impossível, o sol brilhou e subindo a um pequeno outeiro, cheirei e ouvi o
vento que trouxe as vozes dos humanos do sítio, não lhes ouvindo calmas
palavras, apenas imprecações, lamentos e esperanças vãs, depois de encolherem
os ombros.
O meu Avô Toupeira contou-me
então uma história:
Pandora trouxe o vaso com os
males e abriu-o. Era a dádiva dos deuses aos homens, por fora um lindo e
tentador presente, denominado “vaso da felicidade”. Então, voaram cá para fora
os males, seres vivos alados: a partir daí, andam a vaguear e causam danos aos
homens, de dia e de noite. Um único mal não se tinha ainda esgueirado para fora
do vaso: então, segundo a vontade de Zeus, Pandora fechou a tampa e, portanto,
ele ficou lá dentro. Agora, o homem tem para sempre o vaso da felicidade em
casa e pensa que maravilhoso tesouro aí tem; está ao seu serviço, ele deita-lhe
a mão quando lhe apetece; pois não sabe que esse vaso, que Pandora trouxe, era
o vaso dos males, e toma pela maior benesse o mal que ficou para trás – é a
esperança. É que Zeus queria que o homem, mesmo por muito atormentado que fosse
pelos outros males, todavia não rejeitasse a vida, mas continuasse sempre a
deixar-se atormentar de novo. Para isso, ele dá ao homem a esperança: ela é, na
verdade, o pior dos males, pois prolonga o tormento dos homens.
Nietzsche “Humano demasiado
humano”
Os humanos do sítio, ao que
parece, acreditam que tudo vai passar, que é coisa passageira como nuvem, os
mais curvados olham para o chão, deixaram de acreditar mas alimentam que algo
dali vai brotar, tudo perderam, procuram as sementes da dignidade perdida,
outros ainda não curvados, esperam, vociferam e praguejam, mas ainda não
perderam completamente a dignidade, afinal o mal ainda apenas aconteceu aos
outros e isso é lá com eles.
Maquiavel sabia que quando não há
comida os ratos se devoram uns aos
outros, os seres que comandam o sítio dos humanos usam essa forma de governar
atiram os ratos uns contra os outros.
Os que ainda sobrevivem, no medo
e no terror todos os dias divulgados pelos meios que os humanos usam através do
éter, não arrancaram a Esperança da sua alma, as ratazanas que os comandam,
sabem, que enquanto o mal que Pandora não libertou continuar na sua caixa,
podem descansar.
1 Comments:
-> Não é com um partido nacionalista que Portugal vai conseguir SOBREVIVER!...
-> Para sobreviver Portugal precisa de um Movimento Nacionalista que 'corte' (SEPARATISMO-50-50) com os «portugueses-do-prego» (leia-se, os portugueses que estão a colocar Portugal no prego).
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De facto:
- os portugueses-do-prego não defendem uma estratégia de renovação demográfica - média de 2.1 filhos por mulher; [nota: os portugueses-do-prego gostam de se armar em parvinhos-à-sérvia... vide Kosovo]
- os portugueses-do-prego falam em despesa NÃO ENQUADRADA na riqueza produzida... e depois:
1- vendem recursos estratégicos para a soberania... à alta-finança/capital-global;
2- depois de conduzirem o país em direcção à bancarrota... começam a proclamar federalismo, federalismo (leia-se, implosão da soberania).
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P.S.1:
Uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum. Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço.
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P.S.2.
Os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) são um nazis do piorio:
- veja-se o que os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) fizeram aos nativos norte-americanos: houve Identidades Autóctones que sofreram um Holocausto Massivo;
- veja-se o que os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) estão a fazer no Brasil aos nativos da Amazónia;
- etc.
Mais, para os 'globalization-lovers' made-in-USA as causas suficientes para desencadear uma guerra são quase infinitas!...
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P.S.3.
Nazismo não é o ser 'alto e louro'... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
Os NAZIS 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) andam numa busca incessante de pretextos... para negar o Direito à sobrevivência de Identidades Autóctones.
Os SEPARATISTAS-50-50 não têm um discurso de negação de Direito à sobrevivência... os separatistas-50-50 apenas reivindicam o Direito à Sobrevivência da sua Identidade: leia-se, os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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