quinta-feira, janeiro 08, 2004

O desalinhado.





O advogado, jornalista, etc, António Marinho surge a criticar a intenção do Presidente da República Jorge Sampaio em processar o “Jornal de Notícias”.

Segundo ele, “é um acto que não tem qualquer fundamento, porque o jornal não mentiu, não caluniou e não injuriou, limitando-se a noticiar um facto verdadeiro: há uma carta com referências ao chefe de Estado que foi mandada juntar ao processo por magistrados do MP”.

Remata valentemente com “ ( o JN ) não cometeu nenhuma infracção, nem de natureza ética e deontológica”.

Que o jornalista não consiga ou não queira “ler a lei” é “compreensível”, agora um advogado é obrigado a saber.

Logo só se pode depreender que Marinho está a exercitar o seu excelente sentido de humor.

E ainda por cima, ele é a única excepção à regra de solidariedade manifestada a favor de Sampaio, aonde até o próprio Bastonário dos advogados referiu que “subscrevo integralmente as palavras do Presidente da República, que são uma lição de cidadania e que tornam mais visível o silêncio de outro”.

Isto com mais ou menos submarinos pelo meio, claro.



Já agora, se Marinho mantiver este nível de humor, promete a sua futura coluna no “Expresso” aonde irá tratar dos problemas da justiça. Quem sabe se não vai merecer a atenção dos “escribas” do Contra-Informação.

Também a nova coluna de opiniões com João Pereira Coutinho promete ser polémica, especialmente se ele mantiver o estilo a que nos habituou no Independente, verdadeiro chamariz de mais leitores.

Leitores esses, que em regra geral, eram aqueles que, ao abrigo da lei de resposta, escreviam, na semana seguinte, a negar a notícia dada por ele.


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