quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Falência das democracias.

O relatório Hutton veio confirmar a crescente falência das democracias ocidentais.

A BBC, escusando-se na independência, mais não faz do que desrespeitar os factos para dar cobertura às opiniões dos seus jornalistas.

Jornalistas esses que não só mentem, como também tem consciência do facto.

Gilligan afirmou ser a informação originária de várias fontes, quando na verdade, só provinha de uma ( Dr. Kelly ) e, mesmo essa fonte, também não afirmou tal.

Esta desonestidade perante os factos é fruto do fim da distinção entre informação e opinião.

E estas opiniões, camufladas como pura informação, tendem sempre para o mesmo lado, empolando as vozes dos livres pensadores ocidentais, que têm como passatempo predilecto, atacar as sociedades democráticas aonde vivem e não os problemas reais existentes.

Um simples abuso da liberdade de expressão, consumido em críticas, sem outro fundamento que não a pura ambição pessoal, com enormes travos de leviandade .

Esta hostilização gratuita das instituições e tradições ocidentais, só possível em vivência democrática, representa o fim do dever moral e intelectual de procurar a verdade e representa a vitória da política de “terra queimada”.

Melhor dizendo. Representa a própria morte de verdade objectiva.

Também o facto de certas correntes políticas, que esperavam outro resultado do relatório, terem manifestado a sua descrença na isenção do referido relatório, é outro exemplo da crescente falência de valores.

É que se o relatório fosse favorável às suas pretensões, teria sido utilizado para exigir a cabeça de Blair.

Como não o foi, rejeitam-se as conclusões e põe-se em dúvida a independência do mesmo.

O retorno à nova “idade média” está em andamento.

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