quinta-feira, março 18, 2004

Al-Qaeda.

A Al-Qaeda, é uma organização terrorista por definição e, por consequência, não pode renunciar à violência para passar à política.

Assim, a sua existência depende exclusivamente da publicidade feita aos seus atentados.

Enfraquecida com a intervenção do Afeganistão e incapaz de perpetuar atentados tão sofisticados como os de Nova Iorque, procura agora nos alvos fáceis aqueles que darão seguramente uma boa notícia.

Com os seus esbirros impossibilitados de privar com os líderes de topo, receber treino e com a mobilidade cada vez mais reduzida, a organização está limitada a trabalhar com grupos implantados no terreno.

Grupos esses que constrangidos a sair da sua base estritamente "islâmica" pelo aumento da pressão policial, vêem-se agora obrigados a recorrer a uma nova espécie de mão-de-obra, os "convertidos".

São esses operacionais denominados de “convertidos”, que até agora estavam à margem da sua confiança, os que representam o maior perigo.

Ao contrário do vulgar extremista islâmico, cuja diferente fisionomia pode causar suspeitas, o “convertido” é “prata da casa” e como tal praticamente insuspeito.

Reduzida a estas características, a Al-Qaeda tem de ser combatida através da polícia, dos serviços de informação, dos próprios cidadãos e essencialmente impedida ter bases sociais.
Mas será que a sociedade, norteada pela obsessão da defesa dos direitos humanos, consegue não atrapalhar?

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