sexta-feira, julho 09, 2004

Tempo.


"Todas as tristezas do fim de uma era entraram violentamente pela porta, tomaram os lugares vazios, penduraram-se nos móveis e no nosso pescoço. Quase que se podem apalpar.

Hostilizado pela nudez ascética do destino, melancólico em princípio de exílio, abandono a esperança.

A idade, essa malvada, transforma-se num prelúdio ao inverno e lutar contra o destino, torna-se num reacender da peleja dos gigantes contra os deuses.

Convenho, que as invectas contra a velhice, são o produto derrancado dos nossos maus costumes. A idade devia ser insonora como o tempo que nos leva. Assim vai voejando o meu espírito enquanto o tempo se consome. "


3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bonito. Muito sentimental. Manuela

sábado, julho 10, 2004  
Blogger A Tendinha said...

Lindo, Carvalho Negro! Esta sua veia agrada-me.

sábado, julho 10, 2004  
Blogger Carvalho Negro said...

Amiga Noite.
Encontrei o texto no meio de papelada que ia deitar para o lixo. É tão velho que nem me lembro se é da minha autoria.

Quanto à minha veia, ela já viu melhores dias. Enfim...

sábado, julho 10, 2004  

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