terça-feira, agosto 10, 2004

Mais do mesmo.

1/ Jorge Lacão, o Socialista presidente da Comissão de Ética da Assembleia da República, que divulgou aos jornalistas o Acórdão da libertação de Pedroso quando este estava em segredo de justiça, considerou que a demissão de Adelino Salvado «parece ser a consequência inevitável de uma gestão demasiado controversa desde o seu início»:

2/ Oscar Mascarenhas, presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, disse que já não se «surpreende» com os termos do comunicado emitido, esta segunda-feira, pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Salientou que, além do código penal, também existe o estatuto de jornalista que também é lei da república ao qual também os tribunais estão sujeitos. Fez tábua rasa da hierarquia legal e esqueceu que também é um direito com grandeza Constitucional.

Chega ao cumulo de afirmar que o “jornalista não pode usar meios ilícitos em registo de som ou de imagem, excepto em estado de necessidade da segurança das pessoas envolvidas e se houver interesse público”, o que neste caso até nem acontece.

Mascarenhas, como presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, em vez de condenar o comportamento deontologicamente censurável e juridicamente ilícito do jornalista, vem defender o indefensável.

P.S. Não é que as declarações me surpreendam. Simplesmente revolta-me ver, novamente, o apontar de baterias ao PGR, o homem que muito “investiga o que não deve”.

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