sábado, setembro 11, 2004

O Tal Santo Ofício.

"Para José Manageiro, presidente da Associação de Profissionais da Guarda (APG), os acontecimentos desta semana, em que dois militares da GNR do posto de Freixo de Numão (Vila Nova de Foz Côa) foram mortos a tiro quando tentavam deter um rapaz que, momentos antes, provocara desacatos no arraial da vila duriense, comprovam este ambiente de impunidade. O rapaz e o seu pai, que assumiu a autoria dos tiros mortais, foram ouvidos pelo Tribunal de Foz Côa e só este ficou detido. O rapaz, com antecendentes criminais, saiu em liberdade, com termo de identidade e residência, a medida de coacção mais baixa. "Como é que nós, homens fardados, nos sentimos no meio disto tudo? Muito angustiados e revoltados", comenta o dirigente.

Outro exemplo: há cerca de duas semanas, um indivíduo agrediu fisicamente um agente da PSP na Avenida 24 de Julho, em Lisboa. O polícia ficou com as duas pernas partidas. No dia seguinte, o agressor foi ouvido pelo tribunal e saiu em liberdade. "Isto é uma agressão muito grave, merecia outro tratamento por parte das entidades judiciais", riposta Peixoto Rodrigues. Acresce, lembra, que o agente agredido se encontra de baixa médica, o que lhe causa um "elevado prejuízo" no seu vencimento, ao deixar de receber os subsídios de alimentação, de patrulha e de turno.
"

Assim funciona a nossa justiça. Os criminosos deambulam impunemente pelas ruas e as vítimas fecham-se em casa com medo. Comentários “artísticos” por demais evidentemente falaciosos de indivíduos como António Marinho, agora candidato a Bastonário, tentando convencer o país que a justiça é a do Santo Ofício (para as vítimas, só pode), só revelam a existência de interesses pessoais obscuros por detrás.

Por falar em António Marinho. Sendo ele também jornalista, e portanto um homem da casa, o que lhe confere um enorme relevo mediático e a correspondente desvantagem mediática dada aos outros candidatos, corremos o risco de o ter como Bastonários dos Advogados. O passado já nos demonstrou a seriedade dos seus métodos. Vamos aguardar a reacção do Portugal Profundo.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O António Marinho é um Bloquista ferranho. A sua política é a de terra queimada.

Noémia

sábado, setembro 11, 2004  

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