Surrealismo.

Surrealismo é pouco para exprimir o que senti ao ver Santana Lopes, sentado, a debitar um exercício narcisista de pura propaganda. Atente-se:

1/ Aspecto visual, Santana parecia um anão metido num cenário gigantesco. Um anão que se ria muito. Diria demais para o meu gosto.

2/ Aspecto político, do que foi dito, nada de novo há a assinalar. Abrindo com o passar a mão pelo pêlo acerca da liberdade de expressão e atribuir a culpa da situação ao anterior governo PS, deu esperanças de um futuro melhor e driblou Bagão Félix ao prometer baixar o IRS, o que, graças às receitas extraordinárias (fim de benefícios fiscais, pagamento de taxas na saúde, introdução de portagens, fundo de pensões da CGD etc.), na melhor continuação do estilo empregue pelo governo anterior, não parece nada de extraordinário, além de maquilhar um problema que, pelos vistos, vai continuar.

Delirante o pedido aos portugueses para que ignorem o «ruído» e o balanço feito aos cerca de três meses do seu Governo. Resumindo: um puro acto de propaganda eleitoralista de um Governo que garante concluir a actual legislatura.

3/ Forma do tempo de antena, estranho o tempo de antena ter sido apresentado em horas desfasadas quando costuma ser simultâneo, com a SIC a transmitir primeiro. Depois de uma nota do seu gabinete afirmar que seria emitido em diferido pela RTP e RDP, órgãos de comunicação social do Estado, a partir das 21:10 horas, acabou por ser feita na SIC às 20:00 horas.


P.S. Porque olhava Santana sempre para a esquerda quando se enganava no discurso?