Exercícios Militares e poder político
FORÇAS ARMADAS REALIZAM EXERCÍCIO NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
As Forças Armadas realizam no Arquipélago da Madeira, no período de 12 a 22 de Novembro, o exercício “Zarco/Lusíada 042”, envolvendo efectivos e meios da Marinha, Exército e Força Aérea.
Planeado e conduzido pelo Comando Operacional da Madeira, o exercício envolve cerca de 1.300 militares, cinco navios, uma centena de viaturas tácticas e seis aeronaves, reunindo unidades normalmente sedeadas na Região Autónoma e a Força de Reacção Imediata (FRI) constituída no Continente.
A finalidade do “Zarco/Lusíada 042” é proporcionar treino operacional no âmbito do planeamento, da preparação e da execução de uma “Operação de Evacuação de Não Combatentes” e, simultaneamente, testar a estrutura de comando, controlo e comunicações e sistemas de informação numa operação conjunta.
No dia 15 de Novembro, Sua Excelência o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Dr. Jorge Sampaio, assistirá a uma das fases do exercício.
05NOV04
Última hora: Sua Excelência o Presidente da República foi obrigado a cancelar a deslocação à zona do exercício por motivos de saúde.
In site do EMGFA
O parente pobre?
As Forças Armadas Portuguesas começam a estar habituadas a realizar grandes exercícios militares caros e que mobilizam grandes meios militares, humanos e materiais.
No caso concreto deste exercício, a sua natureza e objectivos revelam-se de especial importância e utilidade dadas as tradicionais tensões em diversos países, onde Portugal tem seus nacionais, e que por vezes vivem momentos de alguma instabilidade politica e militar.
Estes exercícios decorreram no Porto Santo, e foi possível mobilizar tantas viaturas tácticas, meios navais e aéreos porque se tratou exactamente disso:
Um exercício para ajudar a articular bem as forças dos três ramos envolvidos.
Claro que se se tratasse de uma situação real ocorrida em qualquer ponto da costa africana, e dada a urgência em se proceder à evacuação de nacionais, Portugal, por si só, não teria capacidade autónoma para transportar para esse cenário helicópteros PUMA ou os vindouros EH-101, nem sequer viaturas tácticas para actuar no terreno.
Até porque para fazer circular em ruas ou avenidas num ambiente hostil as nossas viaturas, haveria que assegurar a segurança de certos corredores dentro da cidade, entre o ponto de partida da evacuação e o Porto ou Aeroporto, e para isso, seria necessário mobilizar mais meios terrestres, e até aéreos para melhor cobertura da operação.
Mas foi um exercício, que valeu o que valeu, e que mobilizou meios e vontades dos três ramos das nossas FA’s.
Politicamente foi pena que por alegados motivos de saúde o Comandante Supremos das FA’s e Presidente da República de Portugal não se pudesse ter deslocado ao Porto Santo, território nacional, por consequência de uma viagem oficial ao estrangeiro, e que da parte do MDN, este se tivesse feito representar pelo Secretário de Estado da Defesa.
As Forças Armadas Portuguesas continuarão a ser mal amadas pelo poder político, mau grado o esforço que está a ser feito para as dignificar através da aquisição de novos e imprescindíveis equipamentos?
Continuarão a ser apenas “visitadas” pelo poder político apenas por ocasião de dias de homenagem, comemorações ou efemérides?
Julgo que a melhor forma de dignificar as FA’s portuguesas seria um maior respeito por parte do poder político, e se esse passa também pela presença em actos simbólicos, passa sobretudo por actos de encorajamento perante as chefias militares, dado o esforço e dedicação com que homens e mulheres mobilizaram os seus esforços para dar aos portugueses uma melhor imagem da Instituição, que todos devemos amar e respeitar.
Lamentável a displicência com que algum poder político, à direita e à esquerda continua a olhar para essa Instituição.
As Forças Armadas realizam no Arquipélago da Madeira, no período de 12 a 22 de Novembro, o exercício “Zarco/Lusíada 042”, envolvendo efectivos e meios da Marinha, Exército e Força Aérea.
Planeado e conduzido pelo Comando Operacional da Madeira, o exercício envolve cerca de 1.300 militares, cinco navios, uma centena de viaturas tácticas e seis aeronaves, reunindo unidades normalmente sedeadas na Região Autónoma e a Força de Reacção Imediata (FRI) constituída no Continente.
A finalidade do “Zarco/Lusíada 042” é proporcionar treino operacional no âmbito do planeamento, da preparação e da execução de uma “Operação de Evacuação de Não Combatentes” e, simultaneamente, testar a estrutura de comando, controlo e comunicações e sistemas de informação numa operação conjunta.
No dia 15 de Novembro, Sua Excelência o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Dr. Jorge Sampaio, assistirá a uma das fases do exercício.
05NOV04
Última hora: Sua Excelência o Presidente da República foi obrigado a cancelar a deslocação à zona do exercício por motivos de saúde.
In site do EMGFA
O parente pobre?
As Forças Armadas Portuguesas começam a estar habituadas a realizar grandes exercícios militares caros e que mobilizam grandes meios militares, humanos e materiais.
No caso concreto deste exercício, a sua natureza e objectivos revelam-se de especial importância e utilidade dadas as tradicionais tensões em diversos países, onde Portugal tem seus nacionais, e que por vezes vivem momentos de alguma instabilidade politica e militar.
Estes exercícios decorreram no Porto Santo, e foi possível mobilizar tantas viaturas tácticas, meios navais e aéreos porque se tratou exactamente disso:
Um exercício para ajudar a articular bem as forças dos três ramos envolvidos.
Claro que se se tratasse de uma situação real ocorrida em qualquer ponto da costa africana, e dada a urgência em se proceder à evacuação de nacionais, Portugal, por si só, não teria capacidade autónoma para transportar para esse cenário helicópteros PUMA ou os vindouros EH-101, nem sequer viaturas tácticas para actuar no terreno.
Até porque para fazer circular em ruas ou avenidas num ambiente hostil as nossas viaturas, haveria que assegurar a segurança de certos corredores dentro da cidade, entre o ponto de partida da evacuação e o Porto ou Aeroporto, e para isso, seria necessário mobilizar mais meios terrestres, e até aéreos para melhor cobertura da operação.
Mas foi um exercício, que valeu o que valeu, e que mobilizou meios e vontades dos três ramos das nossas FA’s.
Politicamente foi pena que por alegados motivos de saúde o Comandante Supremos das FA’s e Presidente da República de Portugal não se pudesse ter deslocado ao Porto Santo, território nacional, por consequência de uma viagem oficial ao estrangeiro, e que da parte do MDN, este se tivesse feito representar pelo Secretário de Estado da Defesa.
As Forças Armadas Portuguesas continuarão a ser mal amadas pelo poder político, mau grado o esforço que está a ser feito para as dignificar através da aquisição de novos e imprescindíveis equipamentos?
Continuarão a ser apenas “visitadas” pelo poder político apenas por ocasião de dias de homenagem, comemorações ou efemérides?
Julgo que a melhor forma de dignificar as FA’s portuguesas seria um maior respeito por parte do poder político, e se esse passa também pela presença em actos simbólicos, passa sobretudo por actos de encorajamento perante as chefias militares, dado o esforço e dedicação com que homens e mulheres mobilizaram os seus esforços para dar aos portugueses uma melhor imagem da Instituição, que todos devemos amar e respeitar.
Lamentável a displicência com que algum poder político, à direita e à esquerda continua a olhar para essa Instituição.
1 Comments:
Para que servem os exercícios navais se vamos perder a soberania sobre o mar?
Manuela
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