quarta-feira, novembro 17, 2004

Novas do Texas.

"Joaquim Raposo, presidente da Câmara Municipal, é peremptório: “A Amadora é um concelho de risco. Ninguém quer vir para cá. Só vêm quando obrigados”, diz, referindo-se aos agentes da PSP que muitas vezes, senão todos os dias, são confrontados com situações de insegurança graves para as quais não têm capacidade de intervenção.“Faltam meios humanos e materiais e as esquadras estão obsoletas”, especifica ao CM, lembrando que a Divisão da Amadora cobre ainda parte do concelho de Sintra – vai até ao Cacém.“ Já cedemos um terreno para a construção de uma sede de Divisão e abrimos as cantinas da Câmara aos agentes. Também já cedemos algumas casas no bairro da Boba para agentes deslocados. E há muito tempo que pressiono o Governo para a urgência de apoiar o concelho.”

Joaquim Raposo defende a utilização do Corpo de Intervenção nos patrulhamentos normais e não só nas situações de risco. Mais: defende a criação de programas de ocupação dos jovens. “Muitas das situações de insegurança são desencadeadas por grupos de jovens desocupados. Jovens desenraizados que se concentram nos bairros degradados aqui existentes.”“E quando deitamos um bairro abaixo, nota-se logo um aumento de pressão nos bairros ainda não demolidos”, refere.“Neste caso [Norberto Dias], os rapazes nem sequer moram na Amadora mas, a verdade, é que se concentram aqui”, frisa, lamentando que, à noite, a Amadora pareça um concelho fantasma. “Não se vê ninguém na rua. As pessoas têm medo.

SOLIDÁRIOS

Para o bem e para o mal nos bairros problemáticos os laços de solidariedade entre as pessoas é muito forte. À poucos dias no Bairro 6 de Maio, na Buraca, Amadora, um jovem foi detido por arrombar um carro. Logo surgiram dez amigos para tentar libertá-lo, enfrentando um agente com uma arma, obrigando-o a disparar para o ar.

PERIGO

No mês passado, dois agentes da PSP da Damaia, Amadora, ficaram feridos quando tentavam deter três assaltantes que tinham roubado um telemóvel e depois se refugiaram no bairro da Cova da Moura. Quando um suspeito já estava algemado, um agente foi agredido com um tijolo na cabeça.”

Impressionante. O jovem de 17 anos foi assassinado, perto da esquadra da PSP, por causa de um telemóvel.

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