segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Comentário a uma leitora.

Comentando um comentário da nossa leitora Manela que disse:

"Influenciados pela cultura violenta da América negra, a juventude segue fielmente as suas pisadas."...teve muita graça mesmo.Começo agora a aperceber-me do seu grande sentido de humor. Parabéns meu amigo.

P. S.: Será esta cultura violenta da América negra (é dos USA que fala, não é?) que leva a democratica América branca a andar à porrada com/em todo o Mundo?

P.S.II: ... e não consigo parar de rir.

Desculpe lá mas você tem muita piada quando quer
."

Seria melhor, antes de falar, documentar-se um pouco: A associação aos ‘gangs’ norte-americanos é inevitável para investigadores e jovens, cada um, claro, à sua maneira. A música, com letras violentas, críticas e agressivas, é o rosto de todo um estilo de vida. Puff Daddy e Snoop Doggy Dog são dois nomes de um universo de luxo, mulheres bonitas, jóias e armas, tudo reunido em vídeos musicais. As roupas são das melhores marcas, mas podem também funcionar como uma marca específica dos elementos do grupo.

Como sabe, os emigrantes vieram para Portugal, naturalmente á procura de melhorar o seu estatuto mas na realidade continuam pobres. Esta situação de frustração em relação às expectativas ganha mais expressividade na 2ª geração que não aceita as condições de vida dos pais e aspiram a uma vida melhor, representando assim um potencial de instabilidade. Os filhos parecem de alguma forma destinados perpetuar o estatuto social dos pais, existindo grande insucesso escolar e abandono ao nível da escolaridade mínima. Enquanto não entram no mercado de trabalho ficam sujeitos aos apelos da marginalidade. Afirmam-se pela sua africanidade, pintando graffittis constituindo grupos de “rap” mas também de gangs.

Estamos inequivocamente face a um problema em crescimento. Nas grandes metrópoles, e designadamente em certas escolas dos subúrbios, o fenómeno da violência e delinquência tende a assumir contornos de algum dramatismo. Portugal, ao integrar-se nos espaços de "vanguarda" (mais económicos que culturais), numa época de mobilidade e circulação sem limites, tem inevitavelmente "importado" o verso e o reverso. Uma fatalidade, afirmam uns. O preço a pagar pelo desenvolvimento, contrapõem outros. Um fenómeno dos nossos tempos, comum à generalidade das modernas sociedades urbanas, parece merecer o consenso. Daí o sentimento generalizado que o problema tem tendência a agravar-se com a «globalização». E talvez por isso, pouco se crê na eficácia das medidas (mais policiais que sociais) anunciadas pelos governos ou propostas pelas oposições. O aumento deste fenómeno em Portugal , tem evidenciado a incapacidade de aprender com «o que se passa lá fora» e, consequentemente, em antecipar cenários de prevenção. Agimos mais por reacção do que por antecipação. A desculpa de que o fenómeno está longe de atingir, entre nós, os valores dos países que nos servem de referência, tem apenas favorecido o adiamento daquilo que merece ser encarado com seriedade, profundidade e firmeza.

Resumindo. De onde vem a cultura do Graffitti, RAP do Gang? Da América claro. Confundindo alhos com bugalhos, pode vir com a habitual anti-americanada do imperialismo americano mas isso já não pega



P.S. 1/ Qual é o mundo que a América branca anda "à porrada"?

2/ Pode continuar a rir que não me chateio. Na parte que me toca, por respeito e pena, não vou rir.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Antes de mais, obrigada pela deferência da resposta em destaque. Limito-me a opinar, mas não me sinto merecedora de tal tapete. Pena só ter registrado do meu comentário o que achou ser um ataque de ordem pessoal. Vai sendo típico o pensar que quem não está connosco, está contra nós.


"De onde vem a cultura do Graffitti, RAP do Gang?"

O grafitti, o Rap e o Gang não são exclusivos da América negra.
Alguns dos melhores grafiteiros, americanos e não só, não são negros.
O maior interprete de musica Rap na actualidade é branco e nem é o único.
Há gangues para todos os gostos (neo-nazis, skins, punks, black is beautiful, china brotherhood) e cores (pretos, brancos, latinos, asiáticos) e mesmo os multiraciais e os de caris religioso. E há lutas entre eles, por demarcação de zona, por poder e por simples racismo de parte a parte.

"Da América claro."

Da América, o mais das vezes, claro. Mas porquê da "América negra"?

Manela

terça-feira, fevereiro 22, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Antes de mais, obrigada pela deferência da resposta em destaque. Limito-me a opinar, mas não me sinto merecedora de tal tapete. Pena só ter registrado do meu comentário o que achou ser um ataque de ordem pessoal. Vai sendo típico o pensar que quem não está connosco, está contra nós.


"De onde vem a cultura do Graffitti, RAP do Gang?"

O grafitti, o Rap e o Gang não são exclusivos da América negra.
Alguns dos melhores grafiteiros, americanos e não só, não são negros.
O maior interprete de musica Rap na actualidade é branco e nem é o único.
Há gangues para todos os gostos (neo-nazis, skins, punks, black is beautiful, china brotherhood) e cores (pretos, brancos, latinos, asiáticos) e mesmo os multiraciais e os de caris religioso. E há lutas entre eles, por demarcação de zona, por poder e por simples racismo de parte a parte.

"Da América claro."

Da América, o mais das vezes, claro. Mas porquê da "América negra"?

Manela

terça-feira, fevereiro 22, 2005  
Blogger Carvalho Negro said...

Cara Manela
Exacto. Um exemplo dessa tipificação é o seu comentário.

Desculpe que lhe diga mas discutir com alguém que não está dentro da matéria torna-se fastidioso.

RAP é abreviação para rhythm and poetry (ritmo e poesia), gênero musical criado em meados da década de 70, em Nova York (EUA), por adolescentes negros e hispânicos. Caracteriza-se pelo ritmo acelerado, disco beat, a quase inexistência de melodia e harmonia e um longo discurso entoado. As letras, em geral longas, são quase recitadas e utilizam gírias dos guetos e das gangues que habitam os bairros pobres das metrópoles norte-americanas. O rap combina-se com a arte visual dos grafites e ao break, dança de movimentos bruscos, sincopados e de malabarismo.

Entediados com a disco music, e por não ter dinheiro para dançar nos clubes, esses jovens se apropriam do funk pesado da disco, extraem mostras de suas músicas favoritas (como as de James Brown) e as mixam em seus próprios arranjos, usando-as como base musical de suas apresentações. É somente com a incorporação do elemento MC (o mestre-de-cerimônias), com seu discurso ritmado sobre a base musical e a declamação de poesias de rua inicialmente improvisadas, que o gênero se define como rap. O lançamento oficial ocorre em 1979, com o disco Rapper’s Delight, do grupo Sugarhill Gang. Africa Bambaataa e sua banda Soul Sonic Force lançam obras fundamentais, como Planet Rock (1982) e Renegades of Funk, em dueto com James Brown, em 1984.

Porque Break, e não Breakdance?
É simples. O Break vai muito além de uma forma de dança. É mais que tudo, um estilo de vida para quem ama o Hip Hop, é atitude, é arte de rua. Embora o Break já existia há pelo menos 30 anos (de acordo com as maiores autoridades do mundo), sua explosão e exposição ao grande público, passou a acontecer à partir de 1979, quando já estavam formados todos os conceitos do Hip Hop como o conhecemos hoje, afinal, um ano antes (1978), já existiam as formações organizadas de inúmeros crews de Break; as grandes gravadoras já acertavam as contratações de artistas de Rap e a concepção da Graffitti-Art assumia a atual forma de painel multicor segundo a revolucionária definição do artista plástico Phase 2.

Pronto. Estava formado o Hip Hop em suas três manifestações máximas: O Break, Graffitti e Rap. Hoje, quando a mídia mundial divulga cada vez mais o Rap, muitos devem perguntar porque não cito o Rap, e sim o Break como base para a existência do Hip Hop. Vejamos, no meio da década de 70, a Disco Music dominava o mundo, e outras formas de expressão músical como o Rap não tinham aceitação junto à mídia. Enquanto tudo isso acontecia, o Hip Hop já existia, e não tinha chance de se propagar nos meios de comunicação, e mesmo nas ruas, não conseguiria sucesso utilizando apenas o Rap em sua pura forma de ritmo e poesia, pois o mundo inteiro se embalava no universo de luzes da Disco.

Por outro lado, o Break era a única forma de arte livre, e impossível de ser contido, por quem quer que fosse, pois tinha o apelo visual necessário para chamar a atenção das massas.

Os movimentos intrincados, acrobáticos, mas altamente plásticos e harmônicos dos B-Boys começaram a buscar fãs e seguidores nas ruas, na base do corpo à corpo, trazendo junto o Graffitti, com sua colorida expressão artístico-visual, e o Rap, a trilha sonora que completava o cenário. E foi assim que o Hip Hop começou a se fortalecer, pois era preciso algo que enchesse os olhos do público para atingir a popularidade, que trouxesse todos os elementos básicos para satisfazer os requisitos da indústria de entretenimento.

O Break era tudo isso. A "nova" dança atingiu o público como um furacão, e as emissoras de rádio e televisão; os clubes e as revistas começavam a mostrar a todo mundo o Break, muitas vezes sem perceber que com isso, estavam iniciando a promoção e divulgação do Hip Hop como um todo. Pode se dizer que o Break fazia, entre 70 e 80, o papel que os vídeos fazem hoje, em benefício da indústria fonográfica, aumentando a força de mercado através do apelo visual.

Com a popularização do Break, firmava-se a figura do B-Boy; surgia o interesse sobre as ténicas utilizadas pelos Djs e rappers. No princípio, a motivação do Break era defender, palmo a palmo, nas ruas, o espaço para a emancipação da cultura Hip Hop. Com o tempo, as lendárias batalhas ou "rachas" evoluiram para um estágio de desenvolvimento de conceitos diversos, que iam desde a compreensão dos difíceis passos da dança, até programas de recuperação de jovens viciados ou que viviam nas ruas. Quando a indústria cinematográfica resolveu mostrar o Hip Hop em filmes, mais uma vez, o Break cumpriu o seu papel, e milhões de juvens em todo o mundo, passaram a praticar em qualquer lugar possível, desde a aparição do Rock Steady Crew em Flashdance, passando por históricos filmes como Style wars (83), Wild Style (83), Beat Street (84), Breakin' (84), Rappin' (85), e Krush Groove (85).

terça-feira, fevereiro 22, 2005  
Blogger Carvalho Negro said...

Cara Manela

Poderiamos agora discutir porque é essas manifestações de cultura africana têm como maiores interpretes alguém de outra raça. Mas vou deixar isso consigo.

Porquê a América negra? pela mesma razão do que "porquê a Cova da Moura", Bairro "Estrla de África", etc

Melhores cumprimentos

terça-feira, fevereiro 22, 2005  
Anonymous Anónimo said...

"Seria melhor, antes de falar, documentar-se um pouco:"

Ora, caríssimo Carvalho Negro, já não tem ninguém, nestas andanças cibernéticas, que não conheça o Google. A informação completa a um "click" de distância.

Aí tem então alguma documentação com os respectivas aspas e endereços, para não levar ninguém ao errado pressuposto de que elaborei alguma coisa.

Divirta-se, porque eu continuo a divertir-me bastante.

Por exemplo, no mesmo local de onde copiou/colou uma boa parte da informação que nos colocou à disposição como lavra sua encontra-se este extrato que, talvez por inconveniente aos seu raciocínio, terá considerado irrelevante:

"E se os ‘gangs’ já existissem no século passado? João Sebastião, investigador do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), defende que os ‘gangs’ não são uma invenção recente. "Nos bairros típicos de Lisboa, como Alfama, Alcântara, Bairro Alto, existiam grupos de rapazes com comportamentos deste tipo", defende João Sebastião. "E já no final do século XIX existiam grupos de rapazes que viviam dos furtos", explica o investigador do ISCTE."

+++++++++++

"A gang is a group of individuals who share a common identity and, in current usage, engage in illegal activities. Most commonly, the word "gang" refers to street gangs (a.k.a. youth gangs), groups who take over territory ("turf") in a particular city, sometimes simply for lack of something better to do, and are often involved in "providing protection" (in fact, a thin cover for extortion), or in other criminal activity. Since roughly the 1970s, street gangs have been strongly connected with drug sales (especially crack cocaine)." http://www.lib.msu.edu/harris23/crimjust/gangs.htm

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"Gangs in Chicago traditionally belong to one of two alliances, "People" or "Folks." Both alliances were established in the 1980's in the penitentiary system by incarcerated gang members seeking protection by forming coalitions. The alliances are not aligned along traditional racial boundaries and both contain black, white and Hispanic street gangs. Both alliances are alive and well on Chicago's streets and in most cases are bitter rivals." http://www.gangsorus.com/ganghistory.html

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"White gangs have been forming in California for decades. Early white gangs were oriented around motorcycle gangs like the Hells Angels. Today's outlaw motorcycle gangs are not considered street gangs but, rather, organized crime groups. It was not until the late 1980s that the Skinheads were identified as the primary source of white street gang violence in this state. They were characterized by their shaven heads and white-supremacy philosophy and, for the most part, were factionalized and unorganized .

The California Department of Justice estimates there could be as many as 5,000 white gang members in California today. The Skinheads, with approximately 400 members, remain the most violent of the white gangs. Although small in numbers when compared to other criminal street gangs, their potential for violence is significant." http://www.cgiaonline.org/gangs2000/white90s.html

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"In 1997, the Navajo Nation estimated that approximately sixty youth gangs(FN5) existed in Navajo country. Through the Peacemaker Division of the judicial branch of the Navajo Nation, the tribe secured federal funding to study gangs.(FN6) The tribe has since been actively pursuing means to ameliorate the conditions that lead to gang formation." http://www.streetgangs.com/academic/navajogng.htm

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"Mara Salvatrucha 13” (MS13), the name shared by the largest group of criminal street gangs in the United States and Central America. These gangs are called “Maras” after an ant that attacks in swarms and devours everything in its path. It originated among Salvadoran emigrants in Los Angeles some 19 years ago in the mid-1980s." http://www.gangsorus.com/marasalvatrucha13.htm

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"Hispanic gangs began forming in California during the early 1920s. They started as looseknit groups banding together for unity and socializing in the barrios (neighborhoods) where the same culture, customs, and language prevailed. Gang members were male youths ranging from 14- to 20-years-old. Property crimes such as burglary, strong-arm robbery, and vandalism were their crimes of choice." http://www.cgiaonline.org/gangs2000/hispanic80s.html

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"Vietnamese, Laotian, and Cambodian gangs represent the bulk of the Asian criminal street gang problem in California. It was not until the late 1970s that Vietnamese gangs began to emerge, followed by Laotian and Cambodian gangs in the early 1980s." http://www.cgiaonline.org/gangs2000/asian80s.html

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"African American gangs began forming in California during the 1920s. They were not territorial; rather, they were loose associations, unorganized, and rarely violent. They did not identify with graffiti, monikers, or other gang characteristics." http://www.cgiaonline.org/gangs2000/african80s.html

Isto é América. Ao vivo e em todas as cores. Uma súmula, afinal, do melhor e do pior do resto do Mundo.
Pela amostragem dá até a sensação de que, quanto mais 'gangs" mais riqueza. Ou será, quanto mais riqueza mais "gangs"?

Melhores cumprimentos para si também.

Manela

P. S. : Note-se que a (curta) pesquisa incidiu, tão somente, sobre os chamados "street gangs", com ou sem RAP. Os da Wall Street, da White House e de Langley, (para citar só alguns) não caberão por certo nos seus estudos sociais, tocam outras músicas, fazem dançar todo o mUndo e são bem mais perigosos para a segurança das gentes e dos países.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005  
Blogger Carvalho Negro said...

Cara Manuela

"Ora, caríssimo Carvalho Negro, já não tem ninguém, nestas andanças cibernéticas, que não conheça o Google. A informação completa a um "click" de distância." --->Pelos vistos há. A cara amiga é um desses exemplos.


"Por exemplo, no mesmo local de onde copiou/colou uma boa parte da informação que nos colocou à disposição como lavra sua encontra-se este extrato que, talvez por inconveniente aos seu raciocínio, terá considerado irrelevante:

"E se os ‘gangs’ já existissem no século passado? João Sebastião, investigador do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), defende que os ‘gangs’ não são uma invenção recente. "Nos bairros típicos de Lisboa, como Alfama, Alcântara, Bairro Alto, existiam grupos de rapazes com comportamentos deste tipo", defende João Sebastião. "E já no final do século XIX existiam grupos de rapazes que viviam dos furtos", explica o investigador do ISCTE." ------> esqueceu-se do Jesse James e do Robin Hood. São mais antigos. E se procurar melhor ainda encontra alguém. Adiante. Sei que percebeu perfeitamente o tipo de gangs que aflige a nossa sociedade. Precisa é de um acontecimento idêntico à da Lídia Franco na CREL para mudar a opinião. Não se chateie. A maioria dos portugueses é assim. Defende os "coitadinhos" até bateream á sua porta. Depois o discurso muda. Dá gozo ver.

"Isto é América. Ao vivo e em todas as cores. Uma súmula, afinal, do melhor e do pior do resto do Mundo." --> Melhor. Isso é o que a imigração descontrolada sem trabalho provoca num país rico. Há quem goste de aprender as lições. Há quem não goste e refugia-se em chavões gastos.

"Note-se que a (curta) pesquisa incidiu, tão somente, sobre os chamados "street gangs", com ou sem RAP" --> Exacto. É esse o tipo de gang que actuam em Portugal. É esse o problema que aflige o país. É esse o problema que tem de ser resolvido. Uma domcracia não o é quando não há segurança. Eu sei que vive longe desses problemas. É a opinião típica de quem não sabe.

P.S Curiosamente não encontra gangs no Kremlin, em Teerão, etc. Porque será? esses não sabem fazer dançar? Pois é. Quando só vemos um lado...

quinta-feira, fevereiro 24, 2005  
Blogger Carvalho Negro said...

Cara Manuela

"Ora, caríssimo Carvalho Negro, já não tem ninguém, nestas andanças cibernéticas, que não conheça o Google. A informação completa a um "click" de distância." --->Pelos vistos há. A cara amiga é um desses exemplos.


"Por exemplo, no mesmo local de onde copiou/colou uma boa parte da informação que nos colocou à disposição como lavra sua encontra-se este extrato que, talvez por inconveniente aos seu raciocínio, terá considerado irrelevante:

"E se os ‘gangs’ já existissem no século passado? João Sebastião, investigador do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), defende que os ‘gangs’ não são uma invenção recente. "Nos bairros típicos de Lisboa, como Alfama, Alcântara, Bairro Alto, existiam grupos de rapazes com comportamentos deste tipo", defende João Sebastião. "E já no final do século XIX existiam grupos de rapazes que viviam dos furtos", explica o investigador do ISCTE." ------> esqueceu-se do Jesse James e do Robin Hood. São mais antigos. E se procurar melhor ainda encontra alguém. Adiante. Sei que percebeu perfeitamente o tipo de gangs que aflige a nossa sociedade. Precisa é de um acontecimento idêntico à da Lídia Franco na CREL para mudar a opinião. Não se chateie. A maioria dos portugueses é assim. Defende os "coitadinhos" até bateream á sua porta. Depois o discurso muda. Dá gozo ver.

"Isto é América. Ao vivo e em todas as cores. Uma súmula, afinal, do melhor e do pior do resto do Mundo." --> Melhor. Isso é o que a imigração descontrolada sem trabalho provoca num país rico. Há quem goste de aprender as lições. Há quem não goste e refugia-se em chavões gastos.

"Note-se que a (curta) pesquisa incidiu, tão somente, sobre os chamados "street gangs", com ou sem RAP" --> Exacto. É esse o tipo de gang que actuam em Portugal. É esse o problema que aflige o país. É esse o problema que tem de ser resolvido. Uma domcracia não o é quando não há segurança. Eu sei que vive longe desses problemas. É a opinião típica de quem não sabe.

P.S Curiosamente não encontra gangs no Kremlin, em Teerão, etc. Porque será? esses não sabem fazer dançar? Pois é. Quando só vemos um lado...

quinta-feira, fevereiro 24, 2005  
Blogger Carvalho Negro said...

Cara Manuela

"Ora, caríssimo Carvalho Negro, já não tem ninguém, nestas andanças cibernéticas, que não conheça o Google. A informação completa a um "click" de distância." --->Pelos vistos há. A cara amiga é um desses exemplos.


"Por exemplo, no mesmo local de onde copiou/colou uma boa parte da informação que nos colocou à disposição como lavra sua encontra-se este extrato que, talvez por inconveniente aos seu raciocínio, terá considerado irrelevante:

"E se os ‘gangs’ já existissem no século passado? João Sebastião, investigador do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), defende que os ‘gangs’ não são uma invenção recente. "Nos bairros típicos de Lisboa, como Alfama, Alcântara, Bairro Alto, existiam grupos de rapazes com comportamentos deste tipo", defende João Sebastião. "E já no final do século XIX existiam grupos de rapazes que viviam dos furtos", explica o investigador do ISCTE." ------> esqueceu-se do Jesse James e do Robin Hood. São mais antigos. E se procurar melhor ainda encontra alguém. Adiante. Sei que percebeu perfeitamente o tipo de gangs que aflige a nossa sociedade. Precisa é de um acontecimento idêntico à da Lídia Franco na CREL para mudar a opinião. Não se chateie. A maioria dos portugueses é assim. Defende os "coitadinhos" até bateream á sua porta. Depois o discurso muda. Dá gozo ver.

"Isto é América. Ao vivo e em todas as cores. Uma súmula, afinal, do melhor e do pior do resto do Mundo." --> Melhor. Isso é o que a imigração descontrolada sem trabalho provoca num país rico. Há quem goste de aprender as lições. Há quem não goste e refugia-se em chavões gastos.

"Note-se que a (curta) pesquisa incidiu, tão somente, sobre os chamados "street gangs", com ou sem RAP" --> Exacto. É esse o tipo de gang que actuam em Portugal. É esse o problema que aflige o país. É esse o problema que tem de ser resolvido. Uma domcracia não o é quando não há segurança. Eu sei que vive longe desses problemas. É a opinião típica de quem não sabe.

P.S Curiosamente não encontra gangs no Kremlin, em Teerão, etc. Porque será? esses não sabem fazer dançar? Pois é. Quando só vemos um lado...

quinta-feira, fevereiro 24, 2005  
Anonymous Anónimo said...

"Ora, caríssimo Carvalho Negro, já não tem ninguém, nestas andanças cibernéticas, que não conheça o Google. A informação completa a um "click" de distância." --->Pelos vistos há. A cara amiga é um desses exemplos."

Só porque não faço uns copiar/colar para montar um texto como se fosse meu?

Você sabe como é.
Rouba-se de um autor e é plágio, mas se roubar-mos de muitos chama-se-lhe pesquisa. Coisas.

"A maioria dos portugueses é assim. Defende os "coitadinhos" até bateream á sua porta. Depois o discurso muda. Dá gozo ver"

Não me lembro de ter, em parte alguma das minhas intervenções, defendido nenhum "coitadinho" e nem era o que estava em causa. Passou a ser?

Reponho, a propósito, o que escrevi no meu comentário inicial, antes da afirmação que tanto o irritou:

"Grave problema a que quem de direito tem de, definitivamente, meter ombros.
Além da formação, educação e trabalho social estas situações, quando atingem os níveis a que se está a chegar em algumas zonas do país (principalmente na grande Lisboa), exigem actuações repressivas com os meios e a força necessária a que não deixem dúvidas aos marginais de que não continuarão impunes os seus actos criminosos.

Há na verdade tempos em que os bons, para ganhar aos maus, têm de ser piores do que estes. Ou, pelo menos, mais fortes, porque isto já não vai lá com paninhos quentes."

Não vislumbro aqui nenhuma defesa a nenhum coitadinho. Terá visto (e gozado) o caríssimo e basta. Fazer o quê? Em tempo: Não sou "a maioria dos portugueses" e não sou muito dada a generalizações

"Há quem não goste e refugia-se em chavões gastos."

.../... "chavões gastos."

Isto é o chavão mais gasto entre os chavões. Muito utilizado em ausência de melhor argumento.

"Uma domcracia não o é quando não há segurança."

Quererá dizer que, por exemplo, a democracia americana o não é porque, cito-o:

"Isso é o que a imigração descontrolada sem trabalho provoca num país rico."

"Eu sei que vive longe desses problemas."

Sabe? Olha que bom! Foi a CIA que lhe forneceu as minhas coordenadas?

"É a opinião típica de quem não sabe."

Se não sei o que você acha/quer/pensa que devo saber, então não sei nada? Boa!
Quanto a chavões ficamos conversados.

"P.S Curiosamente não encontra gangs no Kremlin, em Teerão, etc. Porque será? esses não sabem fazer dançar? Pois é. Quando só vemos um lado..."

Claro que encontro, se e quando for esse o assunto. Como já lhe disse encontra-se gang para tudo quanto é gosto em tudo quanto é lugar. Dos "street gangs" aos "white collar". Do Havai à Sibéria, em qualquer latitude entre os pólos. E são o mais das vezes, grandes mestres de dança. "Pois é", mesmo.

Por exemplo as eleições do Dia 20 apearam um gang do poder e colocaram lá outro. E haveria hipótese de escolher outros também.
Não é nenhum problema, uma vez que não vivemos em democracia, devido à forte presença de gangs influenciados pelos congéneres negros americanos, como você diria.

Que grandes saladas que você elabora, mas sou eu, claro, que misturo alhos com bugalhos.

Informação em demasia pode ser tão ruim quanto o déficit da mesma, se não houver o cuidado de a analisar com alguma isenção.

Cumprimentos

Manela

sexta-feira, fevereiro 25, 2005  

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