Défice para quem?
"[O défice público] será muito acima dos 5% e próximo dos 6%."
"Nós não vamos aumentar os impostos, porque essa é a receita errada. Não vamos cometer os erros do passado. As prioridades são: aposta no crescimento económico, reduzir a despesa e combater a fraude e evasão fiscal."
ENTREVISTA A JUDITE DE SOUSA NA RTP, DIA 14 DE ABRIL DE 2005.
Mentiu quando em campanha eleitoral fez promessas que sabia não poder cumprir, quando já sabia da situação económica e financeira do país.
Mente agora quando insiste em dizer que não tinha ideia dessa situação.
Vitor Constâncio apresenta uma previsão para final de 2005 e nesse sentido acrescenta-lhe Despesas de Investimento ainda não verificadas no valor de 796,2M€ que empolam o valor apresentado em 0,57%. Assim, os 6,26% resultantes estão na verdade muito próximos do 6% que Sócrates em 14 de Abril dizia conhecer.
Efectivamente a situação é muito grave e o défice "calculado" por Constâncio pode-se revelar inferior à realidade. É um relatório coxo, já que não apura toda a dívida, aceitando como correcto o valor de 2,86% apresentado no orçamento, e não calcula o endividamento das autarquias e regiões autónomas que podem representar um buraco, melhor, uma autêntica cratera. Parece-me incrível como num pequeno país com uma população inferior à de Londres, as Finanças e a Economia não estejam totalmente informatizadas e controladas de modo a que Ministérios das Finanças, Tribunal de Contas, Banco de Portugal, saibam concretamente a situação do país. Faz lembrar certas xafaricas que recusam a máquina registadora e contabilidade, preferindo umas folhas de papel metidas numa gaveta.
Sócrates mente mais uma vez ao país, prometendo que em 31 de Dezembro de 2007 terá diminuido o défice para os 3% exigidos por Bruxelas. Quem ouviu a excelente entrevista de Medina Carreira ontem na SIC Notícias, terá ficado a saber que as medidas agora anunciadas não resolverão a causa do crescimento galopante da Despesa Pública. Estão novamente a serem pedidos sacrifícios inglórios a todos os portugueses.
A assembleia geral da petrolífera confirmou o nome de Murteira Nabo como presidente da companhia e reconduziu outros três ilustres socialistas: Pina Moura (em representação dos espanhóis da Iberdrola), José Penedos (presidente da REN) e Eduardo Oliveira Fernandes (ex-secretário de Estado Adjunto do ministro da Economia, Braga da Cruz).
Todos prontinhos para ordenados chorudos e as regalias do costume. Afinal para que é que se sobem os impostos, se não para manter o Estado Social com mordomias para estes senhores ?"
Do Galo Verde.
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