sexta-feira, agosto 19, 2005

Oh senhores jornalistas.

"O movimento de extrema-direita Frente Nacional vai amanhã prestar uma ‘homenagem’ a Rudolf Hess – braço-direito do ditador nazi Adolf Hitler e comandante do tristemente célebre campo de concentração de Auschwitz, onde foram mortos milhares de judeus. A concentração será em frente à Embaixada Alemã, em Lisboa. A polícia está atenta ao que os organizadores garantem ser um encontro pacífico."

CM

O jornal não adianta mas nós vamos explicar como Hess comandava o maior campo de concentração, Auschwitz, a partir de 10 de Maio de 1941, preso na Escócia.

Dada a enorme distância, as ordens eram geralmente transmitidas através de sinais de fumo. Nos dias de nevoeiro, Hess servia-se do motor do ME-110 abatido para, através de acelerações, enviar sinais (sonoros) em morse. Em setembro de 1941, Hess assistiu à realização no bloco 11 dos testes de gás Zyklon B através de um satélite disponibilizado pelos malvados americanos. O extermínio a grande escala só começou na primavera de 1942. Nessa altura, os ingleses permitiram a deslocação de Hess para a inauguração da actividade, tendo permanecido na Alemanha durante 1 semana. No regresso, Hess trouxe bolo para todos, devolveu bombas aliadas com defeito de fabrico e levou 10 dias a mostrar as fotografias do evento ao pessoal todo. A partir de 1944 estendeu-se a linha do comboio de Auschwitz para permitir que os presos chegassem directamente ao campo sem se cansarem. Nessa altura, como os aliados estavam armados em parvos a bombardear ainda mais a Alemanha, Hess decidiu ficar na prisão a assistir ao mundial de futebol e faltou à inauguração. Hitler ficou furioso e proibiu Hess de voltar à Alemanha. A partir desse dia, Hess nunca mais foi o mesmo e nem mesmo as visitas da Lili Marlene, Madonna, Santinha da Ladeira, Lili Caneças, Alexandre Frota, SOS Racismo e da maravilhosa Bo Derek o conseguiram animar.

Só por curiosidade: O verdadeiro comandante do campo (ler aqui), que também se chamava Rudolf Hess, foi enforcado diante dos fornos crematórios em Abril de 1947, depois de ter sido capturado quando se fazia passar por um cidadão inglês. Quanto ao "original" Hess, ler aqui.

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