30 de Outubro de 2001.
Michael Jordan regressa oficialmente à NBA
No sábado, dia 20 de Outubro de 2001, os Nets nem queriam acreditar. O jogo entre a equipa de Nova Jersey e os "feiticeiros" de Washington foi transmitido pela cadeia nacional norte-americana TNT e visto por milhões de espectadores. Tudo por um jogo de pré-temporada entre duas das equipas mais fracas da Liga Norte-Americana de Basquetebol profissional (NBA) - os Nets acabaram a temporada 2000/2001 com um resultado de 26 vitórias contra 56 derrotas e os Washington Wizards com 19 contra 63 - e que nem sequer contava para nada. Os Nets tiveram assim um dos seus dois únicos jogos que são transmitidos este ano no pequeno ecrã.
Tudo porque em campo estava um dos mais míticos jogadores da NBA de sempre, Michael Jordan. O jogador, actualmente com 38 anos, decidiu regressar ao activo e alinhar pela equipa dos Washington Wizards, uma das mais fracas da Liga Norte-Americana de Basquetebol profissional (NBA), que no ano passado ficou na última posição no Grupo Atlântico da Conferência Este.
Mesmo assim, as cadeias televisivas norte-americanas não parecem estar dispostas a perder a oportunidade de concretizar contratos milionários de publicidade tendo a ex-estrela dos Chicago Bulls a jogar.
Logo após o anúncio do regresso de Jordan a NBC somou à sua grelha de programação dois jogos da equipa de Washington (um a 3 de Novembro e outro dia 1 de Dezembro). A cadeia televisiva TBS também optou por transmitir dois jogos dos Wizards (o primeiro da temporada, dia 30 de Outubro, e o de 20 de Novembro). A TNT foi mais longe e irá transmitir quatro partidas (dias 1, 7, 20 e 22 de Novembro), para além do jogo de dia 20 de Outubro, a contar para a pré-temporada da Liga. Ou seja, os Wizards vão ter nove jogos transmitidos pelas cadeiras nacionais só no primeiro mês e meio de competição. Definitivamente, se o slogan da NBA é "I love this game", o das televisões parece ser "I love this game with Jordan".
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O que é o pragmatismo?
O pragmatismo é uma filosofia criada nos Estados Unidos da América. É conhecido como "a contribuição autenticamente americana" para a filosofia. Seus autores clássicos são Charles S. Peirce (1839-1914), William James (1842-1910) e John Dewey (1859-1952).
William James definiu o pragmatismo como um "empirismo radical" e como um "método para a verdade". Com a primeira expressão, James queria dizer que o pragmatismo, na disputa entre racionalismo e empirismo, deveria ser uma superação de ambos, sem no entanto caminhar no sentido de deixar de ser um naturalismo cada vez mais voltado para a utilização de procedimentos empíricos os mais sofisticados possíveis. Com a segunda expressão, James queria dizer que antes do pragmatismo optar por uma definição de verdade, ele era um procedimento coadjuvante para os que queriam investigar a verdade. A verdade como coerência ou a verdade como correspondência eram, antes de tudo, definições de verdade a partir de teorias filosóficas. Não caberia ao pragmatismo, segundo James, optar por definições, mas escolher procedimentos que pudessem melhor servir às melhores definições. A idéia básica dos pragmatistas era, para tal, voltar os olhos para a "experiência".
Para Peirce, a "experiência" era o experimento. Para James, a "experiência" ganhou uma conotação menos objetivista, uma vez que ele privilegiou os aspectos psíquicos da experiência. Dewey, por sua vez, tomou a experiência como o que poderia produzir a capacidade de "afirmações garantidas" (warranted assertibility). Ou seja, deveríamos bservar a experiência - psíquica, histórica, real, de relação homem-meio - e a partir dela, então, poderíamos dizer, diante de enunciados, se eles eram garantidos ou não. O selo de garantia seria dado, para cada enunciado, como se é fornecido um selo de garantia para cada produto manufaturado, ou seja, com as devidas especificações de uso e condições de validade.
Essa idéia deweyana sobreviveu nos escritos de filósofos contemporâneos tais como Richard Rorty (1931) e Hilary Putnam (1929) - os filósofos estadunidenses que assumem serem herdeiros dos pragmatistas clássicos, em especial James e Dewey - e também, de certo modo, nos escritos de filósofos como Willard V. O. Quine (1907-2000) e Donald Davidson (1917-2003)- que oscilaram entre assumir o pragmatismo e rechaçar o enquadramento de suas obras em correntes definidas.
Os pragmatistas contemporâneos deixaram a noção de "experiência" de lado, ou melhor, a delimitaram melhor, optando por observar o comportamento e, quanto a este, o comportamento linguístico em especial. A "virada linguística" (linguistic turn)se tornou muito importante para o pragmatismo contemporâneo. Ela nasceu com a filosofia analítica, em especial com o positivismo lógico, e uma vez tendo essas correntes entrado com bastante força nos Estados Unidos após a década de 1930, e tendo se casado com idéias pragmatistas, puderam fazer com que os pragmatistas dos últimos trinta anos do século XX viessem a trabalhar em um registro que poderia ser assim descrito: em estilo, herdeiro da filosofia analítica, em conteúdo, voltado para aspectos do pragmatismo.
Assim, Rorty, Davidson e Putnam se envolveram com o debate a respeito da verdade e, de certo modo, por essa via, deram razão a James, que definiu o pragmatismo como uma filosofia que seria mais um método para a verdade do que qualquer outra coisa. Todavia, cada um desses filósofos reconsiderou o tema a partir do arcabouço deixado pela formação em filosofia analítica que tiveram nos bancos escolares. E o fizeram de modo próprio.
Davidson considerou a verdade como uma "noção primitiva". Ou seja, ela não caberia em uma fórmula. Poderíamos aceitar, sem exclusão, várias noções de verdade, sem no entanto poder adotar uma ou criar uma fórmula que as apanhasse em síntese.
Rorty elaborou uma tipologia dos usos dos termos "verdade" e "verdadeiro", tentando mostrar que isso seria o suficente para que nós viessemos a responder, sem qualquer inflacionamento metafísico - que viria da tentativa de responder a pergunta "qual a natureza da verdade?" -, o que entenderíamos como sendo a verdade.
Putnam, tendeu a se aproximar da noção de verdade do filósofo frankfurtiano Jurgen Habermas que, por sua vez, havia deixado de lado sua tradição filosófica para vir aprender sobre a verdade lendo Peirce e Dewey. Para Putnam, a verdade poderia ser vista, ainda, como um qualificativo que damos a enunciados a partir da "justificação ótima" que estes viriam a ter. Uma tal justificação é mensurável a partir da criação filosófica de uma situação ideal - deveríamos ter em mente como produziríamos enunciados, que viriam a ser chamados de verdadeiros ou falsos, em uma situação na qual a conversação pudesse ser preenchida por argumentos favoráves e desfavoráveis de modo livre, intelectualmente saudável, sem interferência de mecanismos outros que não o entendimento comunicacional alheio ao que Habermas chamou de "propaganda, lavagem cerebral, ideologia e mecanismos de poder" que colocam as pessoas em posições não igualitárias no debate.
O pragmatismo é o começo do fim da primazia do raciocínio dedutivo nas ciências...
Com Charles Sanders Pierce é definida uma nova categoria de raciocínio além do intuitivo e do dedutivo: o conhecimento abdutivo!
O raciocínio abdutivo é o trabalho de detetive, é o começo da elaboração das grandes teorias: A Evolução das Espécies de Darwin, A Teoria da Relatividade de Einstein e a psicanálise de Freud...
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