terça-feira, outubro 30, 2007

Não é o fim do petróleo, mas é como se fosse

"Como em tudo na vida, as opiniões sobre o que está a acontecer no mercado do petróleo são muitas e diversas.

Há quem diga que a culpa é da procura torrencial das novas economias emergentes. Há quem aponte o dedo aos Estados Unidos, o maior consumidor mundial desde há muito, que consomem mais do que produzem e ainda têm de importar do exterior, sem nunca terem reduzido para níveis mais seguros a sua dependência do petróleo. Há a questão da oferta, que está no limite, que é preciso investir rios de dinheiro para chegar ao petróleo mais inacessível. Há o problema da cartelização do mercado, bem organizado, onde (poucos) países produtores – caso da OPEP – controlam os recursos de que todos precisam, decretando cortes de produção para manter o preço das exportações, em muitos casos fonte única de receitas de determinados Estados. Depois existem as muito citadas tensões geo-políticas: a guerra que mina a estabilidade da produção na Nigéria, a ‘emancipação’ da Venezuela, a incógnita face ao dossiê Irão, um dos maiores produtores do mundo. E ainda as tempestades violentas no Golfo do México. Tudo material de primeira para quem quer especular sobre o preço do ouro negro. E parece que resulta
."

Luís Reis Ribeiro

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