Dúvida.

"As investigações conduzidas pela Polícia Judiciária de Faro, a cargo de uma equipa coordenada por Gonçalo Amaral, não chegaram a nenhuma prova cabal contra Leonor e João Cipriano – apenas a uma tese, uma história, que o procurador José Pinheiro se esforçou por defender em Tribunal.

Ao longo das audiências de julgamento, juízes e jurados apenas ouviram testemunhas – nem um facto esclarecedor de que os arguidos mataram a menina, esquartejaram o corpo, guardaram os bocados na arca frigorífica e deitaram-nos fora. Os juízes e os quatro jurados, muito provavelmente, ficaram convictos de que eles eram mesmo culpados. Mas uma regra de ouro do Direito exclui a convicção como fundamento para condenar. Leonor e João permaneceram em silêncio durante o julgamento: não confessaram os crimes de que eram acusados.

O Tribunal, ainda assim, ouviu a voz de João – através de um vídeo gravado pela Polícia Judiciária durante as investigações e que a juíza presidente autorizou fosse exibido em audiência. João Cipriano confessa tudo nessa gravação. Mas o filme, ainda por força da lei, não pode ser tido como prova. Se o Tribunal se basear nela para condenar, defendem juristas, o julgamento será anulado."

CM

Há uma coisa que nos intrigou neste caso.

Sendo a mães e o tio figuras irrelevantes da sociedade, quem está por detrás de tanta manobra destabilizadora alimentada pelos "media"? Porque razão o trabalho da PJ foi questionado e totalmente descredibilizado? Porque razão surgiu a falsa história da confissão sob tortura da PJ? Será que o facto de a PJ ter começado a apanhar tubarões da nossa praça originou esta “ofensiva”?

O facto é que a "família" foi condenada pelo crime que cometeu com as provas apresentadas pelos meios humanos e técnicos que a PJ utilizou na produção de matéria probatória inequívoca. Nem o boato das confissões sob tortura pegou.

P.S. O Ministério Público devia tirar certidões e investigar quem andou a sabotar o processo. Palpita-nos que seria uma agradável surpresa.