A habitual política.

"O secretário-geral do PS, José Sócrates, garantiu hoje que o partido se «orgulha» da decisão de apoiar Mário Soares nas eleições presidenciais, alegando que o candidato sempre esteve do «lado certo da história».

Toda a gente sabe que a candidatura de Alegre deve-se ao desentendimento entre o PS e a candidatura de Mário Soares. Soares impôs-se como candidato ao seu PS e este tem de aguentar. A verdade é que a qualidade da política continua a baixar de nível a uma velocidade assustadora. Imagine-se que Soares foi a Castelo Branco dizer bem de Guterres. O tal Guterres a quem ele fez a vida negra. Mas como Soares precisa de votos e Castelo Branco é a terra de Guterres, uma pequena inverdade que não mata ninguém. Tal como a outra de que Cavaco dava um bom Presidente da República. Dava não sendo candidato. Sendo candidato já não é.

Será que Guterres, o homem que abandonou o barco, dava um bom presidente como Soares afirmou? Se Alegre, o “amigo” dele, não dá, muito menos Guterres.

"Vou estar no exercício [de funções] um só mandato", afirmou Mário Soares, discursando perante cerca de mil apoiantes. "Duas vezes negociei com o FMI (Fundo Monetário Internacional), duas vezes salvei Portugal da bancarrota"

Só um mandato? Soares também tinha afirmado que não se ia candidatar e viu-se. Qaunto a essa heróica “salvação”, ela custou ao povo português o décimo terceiro mês e taxas de juro a rondar os 30%.