quarta-feira, novembro 16, 2005

Irresponsabilização.

"Os conselhos pedagógicos das escolas terão o poder de fazer passar de ano, numa "avaliação extraordinária", estudantes repetentes que se encontrem em vias de voltar a reprovar. A medida, que pode ser aplicada já a partir de Janeiro, consta do Despacho Normativo n.º 50/2005, do Ministério da Educação (ME), que vem definir um conjunto de estratégias para combater o insucesso e o abandono escolar no ensino básico, que leva a que, anualmente, entre 15 e 17 mil alunos deixem a escola sem terminarem o 9.º ano "

DN

E assim se alicerça a futuro do país na irresponsabilização e no facilitismo. A realidade escolar nada mais é que um reflexo do relaxamento da sociedade. Como se pode incutir responsabilidade nos alunos se em casa os próprios pais não a exigem?

Se o jovem não cumpriu o seu dever, tendo todas as condições para o fazer, o seu comportamento terá de ser penalizado, de forma que no ano seguinte ele sinta que, se não estudar, irá sofrer as consequências. Aqui a "pena" a aplicar tem de ser definida pelos pais, pois estes, melhor que ninguém, sabem aquilo de que os filhos não gostam de abdicar. Só que actualmente os pais pecam por excesso de benevolência, não intervindo quando é necessário.

E enquanto tudo continuar a ser fácil, em vez de acabar com a cultura da irresponsabilidade, vai-se alimentando a mentalidade de que os outros é que têm sempre de resolver os nossos problemas.

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