terça-feira, janeiro 03, 2006

Dificuldade de expressão.

"O candidato presidencial Francisco Louçã alertou hoje para a falta de especialidades médicas do Serviço Nacional de Saúde e responsabilizou o adversário e ex-primeiro-ministro Cavaco Silva pela diminuição acentuada de vagas nos cursos de Medicina. "Cavaco Silva foi o primeiro governante a impor a máxima redução de números de estudantes nas escolas de Medicina pelo princípio absolutamente mesquinho de diminuir o número de médicos para aumentar os negócios de alguns em prejuízo de todos. Esse erro estamos a pagá-lo, porque hoje há défice de especialistas" , disse. "

PD

Seria bom que Louçã explicasse:

1/ "Em Portugal, há hospitais com mais médicos do que camas e do que enfermeiros, revelam dados de um levantamento sobre recursos e produção no Serviço Nacional de Saúde (SNS), divulgados hoje pelo jornal Público (ler aqui).

2/ "Afinal, há médicos e enfermeiros a mais. O ministro da Saúde afirmou ontem que estes profissionais estão entre os funcionários excedentários do sector, mas garantiu que não haverá despedimentos (ler aqui).

3/ "Segundo as Estatísticas da Ordem dos Médicos Dentistas (1) dentro de 6 anos, estaremos numa situação evidente de excesso de médicos dentistas. O ratio População/Médico Dentista em Portugal, situar-se-á em cerca de 1 médico dentista por cada 1.350 habitantes (ler aqui).

Louçã queria dizer que "a maioria dos médicos está envelhecida, herança dos numerus clausus impostos para contrariar o excesso de médicos resultantes da aposta da política ultramarina dos anos 1970 na formação de quadros técnicos (para ajudar à autonomização as colónias). Com o 25 de Abril, acabaram absorvidos pelo serviço público português e "foram os grandes responsáveis pela subida do SNS ao 12º lugar mundial". Sendo a regra da reforma com a idade de 60 anos, a Medicina Familiar poderá perder, dentro de muito poucos anos, um lote importante de profissionais. A colocação destes médicos em todo o país (ao todo, cinco mil) começou em 1982. Havia, então, excesso de médicos, decorrente de opções anteriores, quando Portugal ainda tinha colónias. Esse excesso de profissionais permitiu a implantação do Serviço Médico à Periferia. (ler aqui e aqui)."


Mas Louçã é assim. Tem dificuldades em exprimir-se.

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