Europa: base do terrorismo.

"As autoridades espanholas desmantelaram ontem duas redes terroristas ligadas à Al-Qaeda, que recrutavam e enviavam combatentes para o Iraque. Uma das células, "muito articulada e estruturada" segundo o ministro do Interior espanhol, José Antonio Alonso, não estava a preparar nenhum atentado, mas podia realizá-lo no futuro "em qualquer lugar do território europeu". Durante a madrugada, foram detidas em Madrid, na Catalunha e no País Basco 20 pessoas 15 marroquinos, três espanhóis, um turco e um argelino. A maioria pertencia à célula de Vilanova i la Geltrú, uma localidade na região de Barcelona, que terá enviado para o Iraque o argelino responsável pelo atentado suicida de 12 de Novembro de 2003 contra a base italiana de Nassíria.

O ataque ocorreu poucos dias antes da chegada do primeiro contingente militar português à região e causou a morte a 28 pessoas, incluindo 19 italianos. Um dos detidos, alegadamente o líder desta célula, era o imã da mesquita da localidade. De acordo com o comunicado do Ministério do Interior espanhol, os membros do grupo dedicavam-se "ao recrutamento e ajuda à deslocação de mujaedines para as zonas de conflito armado, principalmente o Iraque, via Síria, Jordânia e outros países da região".

A Europa tem de rever urgentemente a sua política. Não é possível continuar a permitir a entrada de extremistas, pagando-lhes subsídios para eles poderem dedicar-se a actividades terroristas como recrutamento e envio de bombistas para atentados pelo mundo fora. Pergunta-se: como é possível tolerar que os líderes dessas células terroristas sejam os próprios imãs das mesquitas europeias? Sabe-se que o ódio aos americanos deve permitir tudo mas tolerar a existência de células em território europeu bem articuladas e estruturadas, capazes de realizar no futuro um atentado em qualquer lugar desse mesmo território europeu, raia a perfeita perversidade dessa “corrente filosófica” perdida no tempo.