domingo, janeiro 29, 2006

Papão.

"Local emblemático de lutas políticas pós-25 de Abril, a Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, foi o local escolhido pelo Partido Nacional Renovador (PNR) para lembrar "os pelo menos 361 portugueses" que nos últimos 10 anos "foram assassinados com requintes de racismo" na África do Sul. No relvado fronteiro à Fonte Luminosa, foram colocadas 361 cruzes brancas, que os cerca de 150 manifestantes pretenderam lembrassem aqueles portugeses esquecidos por "sucessivos governos e presidentes".José Pinto Coelho, líder daquele partido que não esconde pertencer à família ideológica da extrema-direita, aproveitou a oportunidade para criticar Jorge Sampaio com especial intensidade. O PR, disse, "preocupa-se mais em ir à Cova da Moura prestar homenagem aos marginais" do que a dar atenção à situação dos portugueses que vivem na África do Sul (a Cova da Moura é um bairro quase exclusivamente habitado por imigrantes das ex-colónias portuguesas). "
Isso é verdade. Enquanto aos imigrantes lhes é oferecido casa à conta dos contribuintes portugueses, os nossos emigrantes assassinados são propositadamente esquecidos. E não é preciso ser de extrema-direita para não aceitar essa situação de ânimo leve. Efectivamente quando algumas pessoas incomodam com certos tabus prejudiciais, solta-se o papão do fascismo. Viu-se agora nas presidenciais. Mas o tempo dos papões já passou.

1 Comments:

Blogger Nino said...

Caro amigo, os portugueses são hoje mortos na África do Sul porque colonizaram a África há 500 anos derrubando uma cultura florescente e próspera que lá existia...

domingo, janeiro 29, 2006  

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