terça-feira, abril 04, 2006

A nova teocracia ou o novo deus com acólitos, querubins e serafins

Em nome da democracia, o novo deus.
Tenho assistido ao desenrolar de acontecimentos e a ficar por vezes perplexo, embora já nada me assombre, ver misturar no mesmo saco coisas que segundo a minha modesta opinião o não podem ser.
Refiro-me à mistura de acontecimentos que por terem boa cobertura, os faz tornarem-se em acontecimentos.
As manifestações, o queimar de bandeiras de várias cores, as pedradas, as sarrafadas, os tiros e os mortos.
Mas há questões e questões.
O regime iraquiano, foi substituído porquê?
Porque não era uma democracia?
Porque acolhia terroristas?
Porque eliminava os que se lhe opunham internamente?
Porque era um estado laico, no meio de regimes religiosos, sem excepções, excepto os que se submetem?
Porque deixou de ser útil à nomenclatura de sábios que dominam o poder?
Ou simplesmente foi um erro de que será difícil sair, provocado pelos mesmos? Diria os que guardam o dinheiro mundial, que não tem representação em ouro, invenção recente no tempo real.
Mas a estratégia do poder nos impérios, por vezes, não é clara ao comum dos mortais.
Mas acontece que por vezes, de forma muito estúpida os impérios não necessitam usar de subtileza, como fazia Augustus.
Ou nem sempre é necessário mostrar a força de forma desmesurada, quando o vulgo sabe que ela existe, sob pena de se cair no ridículo.
Então opta-se pela estratégia da diversão, para atacar de novo e enganar mais uma vez os incautos, porque não faltam meios, nem mordomos para que tal aconteça e não será necessário usar de subtileza, nem a táctica da vitimização, mas que diabo, que custará fazê-lo, desde que não sejam os nossos mais chegados os atingidos? Afinal o cinismo foi uma escola teórica e decerto a sua aplicação prática é muito mais compensadora e os protocolos são para cumprir, criados pelo czar, morto pelos que demonstraram a sua não existência, como dizia um, com nome de escultor de mamarrachos.
Tem que ver com democracia? Duvido, porque o termo é semântica pura, em qualquer local do globo e os rebanhos são iguais, podem é haver muitas raças de ovelhas, mais ou menos mochas.
Então porque deixaram importar tanto radical quando já ocupavam o terreno e tinham o auxílio dos serviços secretos mais eficazes do mundo, que os tem todos em ficheiro e que os deixa explodir quando lhes convém, táctica tão antiga como o holocausto no tempo de Vespasiano em Massada, para ser o primum movens da diáspora bíblica, crescei, multiplicai-vos e dominai o mundo?
Já não são notícia os rebentamentos no Iraque, como o não são no Afeganistão, depois de regular o negócio da droga e guardar os pipelines, porque escolas de cães adestrados para mandar por esse mundo fora em qualquer sítio é possível, ou não foi nos EU, que segundo conta a lenda, foram treinados os pilotos que destruíram as torres iguais?
Citações para quem estiver interessado, quem não gostar que deite ao lado, como faz um cão meu conhecido:
“A degenerescência global do homem até àquilo que é considerado pelos cretinos e boçais socialistas como o seu « homem do futuro », - seu ideal!- essa degenerescência e amesquinhamento do homem, até ao perfeito animal de rebanho, ( ou, como eles diriam, até ao homem da “sociedade livre” ), essa bestialização do homem até converter-se em animúnculo dos direitos iguais e reivindicações igualitárias é possível, não haja dúvida! Quem tiver reflectido nesta possibilidade até às últimas consequências sente uma náusea que os outros homens desconhecem, - e talvez pressinta também uma nova tarefa.”
(…)Não sabem proteger-se da sua má consciência senão fingindo serem os executores de ordens mais antigas e superiores ( dos antepassados, da Constituição, do direito, das leis e até de Deus ), ou então tomando emprestadas, à maneira de pensar do rebanho, máximas de rebanho, como seja o apresentarem-se como «primeiros servidores do seu povo» ou «instrumentos do bem comum». Por outro lado, hoje, o homem de rebanho da Europa apresenta-se como a única espécie de homem autorizada, glorificando as suas qualidades, graças às quais é domesticado, tratável e útil ao rebanho, como sendo as únicas virtudes autenticamente humanas (…) Nietzsche in “Para além do bem e do mal”



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