terça-feira, junho 20, 2006

Medicamentos.

"O ministro da Saúde refutou hoje a conclusão do Observatório dos Sistemas de Saúde de que os medicamentos sem receita vendidos fora das farmácias são mais caros e acusou esta entidade de «falta de rigor» e credibilidade. "

Curiosamente "um estudo da autoridade regulamentar do sector farmacêutico (Infarmed) revela que estão a aumentar os preços dos medicamentos vendidos fora das farmácias e que em Maio ficaram ligeiramente mais caros do que antes da venda livre (ler aqui)." Num país a sério, este ministro já não o era. Enfim, a Robinoquilância está de vento em popa.

Além disso, toda a gente sabe que os medicamentos estão mais baratos. Exemplos:

1/ "Os utentes do regime especial de comparticipação de medicamentos vão pagar mais cinco por cento pelos fármacos com preço de referência (com genérico no mercado), segundo a diminuição da majoração nestes produtos, hoje aprovada em Conselho de Ministros, noticia a agência Lusa. De acordo com o Decreto-Lei hoje (14 de junho) aprovado, a majoração (comparticipação acrescida) para o preço de referência dos medicamentos adquiridos pelos utentes do regime especial passa a ser de 20 por cento. Até agora, e de acordo com o Decreto-Lei 270/2002, o preço de referência era majorado em 25 por cento para os utentes abrangidos pelo regime especial de comparticipação de medicamentos."

2/ "Vamos acabar com a obrigatoriedade de as farmácias venderem os medicamentos todas pelo mesmo preço", declarou o primeiro-ministro, argumentando que a medida tornará o sector mais concorrencial e esclarecendo que haverá "um preço máximo" para cada fármaco."

3/ "Segundo o líder da bancada do CDS-PP, um medicamento preventivo de acidentes vasculares cerebrais custava em 2005 5,37 euros, mas em 2006 custa já 7,57 euros; um medicamento contra a hipertensão custava em 2005 7,27 euros e em 2006 10,20 euros.

Nuno Melo sustentou ainda que o preço médio dos genéricos é actualmente mais caro do que os medicamentos de marca, dando como exemplo o ben-u-ron, que custa 1,42 euros, contra os 2,30 euros do genérico paracetamol
."

4/ "A exigência de um técnico de farmácia, que só pode ser, no máximo, responsável por cinco postos de venda de medicamentos, «corta as pernas» às lojas de conveniência das bombas de combustível nesta matéria. «Nestas condições, estes profissionais fazem-se pagar bem. Para nós, trata-se de um custo que torna o negócio pouco interessante», disse o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), Augusto Cymbron, à «Agência Financeira». "

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

não é novidade só cai quem quer ainda não vim um ministro a falar verdade pois agora é que esto a ver onde os portugues cairam

terça-feira, junho 20, 2006  
Anonymous Anónimo said...

o ministro mentiu nas declarações ás radios
ele disse que este estudo mostrava que ps preços tinham descido e que o Relatorio da entidade reguladora estava errado ( não era credível porque o criticava) e não era credível mas o relatorio do Infarmed dizia que os preços tinham descido...ENTÃO EM QUE FICAMOS QUEM FALA VERDADE E QUEM QUER ESCONDER A VERDADE..........mais um ministro arrogante e prepotente

terça-feira, junho 20, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Será que o Governo não vê, que os cidadãos já não se deixam embalar com as suas conversas em família, pois quem sabe dos preços, melhor que ninguém, é o povo que todos os dias tem que enfrentar um grande número de gatunos autorizados, que lhes roubam tudo o que podem.
Se ainda houvesse dúvidas, basta ver, o estudo feito pela Infarmed, em que 40% dos estabelecimentos de venda livre dos medicamentos, provam que os preços praticados, comparados com os existentes nas farmácias, são mais caros.

terça-feira, junho 20, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Deve ser por culpa das Farmácias... dos Professores, dos Funcionários Públicos, dos Reformados, dos Parteiros, dos Polícias e dos Juizes... mas não por culpa de quem a tem!

terça-feira, junho 20, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Os acordos com Cordeiro têm preços e têm decerto tabela de preços e aqui não há concorrência, o todo poderoso homem da ANF, leva sempre a melhor, os políticos são criados dos lóbis, o resto é pensar que acontecem coisas por acaso.
O Infarmed é um instituto que não controla coisa alguma, controla os interesses instalados, deles que lá mandam e dos lobis.
Se alguém pensa que a concorrência neste pa´s existe está enganado, a corrupção tem mais força, chamar democracia a isto é uma anedota, prefiro uma ditadura com um ditador esclarecido e que não seja ladrão.
O PR já começou a responder como fazia o outro o centrão está aí.
A concorrência neste sítio quer dizer cartel, é com a energia, combustíveis, com os medicamentos, com os preços das consultas privadas etc.
Como se combatem os bandidos se a justiça não cobra o que deve?
Aguardam novas eleições?
Depois de um boneco de madeira um anão tipo rolha?

terça-feira, junho 20, 2006  

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