Sem estatísticas, Portugal é um país que não se conhece.

"Os dados referentes às contas da Segurança Social não são fiáveis. Uma vez mais, a instituição liderada por Guilherme d’Oliveira Martins não foi capaz de validar as contas de um dos subsectores da Administração Pública. No século XXI e com o Plano Tecnológico muitos dos registos continuam a ser feitos em suporte de papel. Sem informação credível é obviamente difícil tomar decisões e gerir seja o que for, quanto mais o sistema responsável por pagar as pensões da maioria dos portugueses. Infelizmente, isto não é apenas um problema do Estado, é uma lacuna do país. As estatísticas em Portugal são poucas e algumas têm uma qualidade duvidosa. Este é um lamento recorrente dos economistas e sociólogos. O Instituto Nacional de Estatística é basicamente o grande produtor de estatísticas em Portugal, juntamente com o Banco de Portugal. Mas nada se conhece no sector privado, ao contrário do que acontece em outros países da Europa ou nos Estados Unidos. Faltam institutos privados, ligados às universidades, que produzam estatísticas e analisem o andamento e o estado da economia e da sociedade nacional. Portugal é um país que não se conhece. "

Bruno Proença com David Dinis e António Freitas de Sousa