sexta-feira, setembro 29, 2006

11 de Março.

"Um relatório secreto enviado ao juiz Juan del Olmo, encarregado da investigação dos atentados de 11 de Março de 2004, em Madrid, revela aspectos ainda algo obscuros e aponta a ligação entre os autores do massacre e os campos de treino de activistas radicais no Afeganistão.

A ligação entre a ETA e os ataques de 11 de Março continua a dar que falar. Embora os tribunais tenham decidido a não implicação do grupo radical basco, o jornal ‘El Mundo’ referia ontem a manipulação de um relatório da Polícia para ocultar uma relação concreta entre a ETA e os terroristas que perpetraram o massacre de 2004. A alegada manipulação visou retirar do documento a referência à descoberta de ácido bórico numa casa da ETA e numa de Hasan Haski, implicado no 11-M.

Os autores do estudo frisavam o carácter raro da associação do ácido bórico a atentados e aventavam a possível relação entre as descobertas.

LIGAÇÃO À 'CAMORRA'

A investigação do 11-M revelou que na prisão os radicais islâmicos se ligaram a elementos do crime organizado, nomeadamente da ‘camorra napolitana’. Esta organização escoava droga proveniente de Espanha.

MAIS ATENTADOS

Três esboços de reivindicação dos atentados de Madrid, descobertos pela Polícia, referem a intenção de continuar a fazer atentados em Espanha.

O LAÇO AFEGÃO

A técnica de usar telemóveis para despoletar bombas em simultâneo, a que recorreram os bombistas de Madrid, era ensinada num campo de treino de Jalalab, Afeganistão. Esta conclusão consta de um relatório da espionagem espanhola
( mais aqui)."

A ligação entre os atentados e a mudança governativa é interessante e merece ser estudada. Simples coincidência ou não, a verdade é que muita coisa mudou em Espanha e muitos foram os agentes políticos que ganharam com ela. Para os defensores das conspirações, tudo isso indicia uma magistral jogada de bastidores.

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