Emissões de dióxido de carbono.
"Reduzir a velocidade nas auto-estradas e diminuir o número de dias de serviço dos táxis são algumas das propostas que o Governo incluiu no Programa Nacional de Alterações Climáticas (PNAC) para baixar as emissões de dióxido de carbono, escreve a Lusa. "
"A situação de “pára-arranca” em congestionamento de tráfego tem um maior impacto nas emissões de poluentes atmosféricos e consumo de combustível conclui um estudo realizado no âmbito do mestrado em Transportes do Instituto Superior Técnico (IST) intitulada “Modelação de consumos e emissões de tráfego rodoviário em eixos congestionados” a ser apresentado hoje (14) em Lisboa.
De acordo com o IST, a investigação da mestranda Ana Vasconcelos baseada em dados experimentais e aplicada ao itinerário complementar IC19, uma das vias principais de acesso ao centro de Lisboa caracterizada por fluxos de tráfego elevados, principalmente concentrados em horas de ponta, definiu três perfis típicos de situações de congestionamento: “situação em que os veículos se encontram parados (ao ralenti); situação de “pára-arranca” do tipo A, composto por uma curva de aceleração seguida de desaceleração; e “pára-arranca” do tipo B, caracterizado por uma aceleração forte, seguida de oscilações intermédias, e depois uma desaceleração até velocidade perto de zero”.
De acordo com o estudo, é a situação de “pára-arranca” do tipo B que contribui com mais emissões de poluentes atmosféricos e consumo de combustível quer os veículos sejam a gasolina ou a gasóleo, resultado que se prende com o facto deste tipo de perfil ser aquele que ocorre em maior percentagem de tempo, já que é o perfil de “pára-arranca” do tipo A é aquele cujas emissões e consumos são mais elevados. Em oposição, as situações de ralenti são aquelas que contribuem em menor percentagem para estas emissões totais.
Ainda segundo o trabalho de Ana Vasconcelos, num caso em que se conduza a uma velocidade constante de 28,9 km/h (velocidade média do troço) em situação de congestionamento verificou-se um agravamento das emissões e consumo de combustível variando entre os 10 por cento de aumento das emissões de CO, CO2 e consumo de combustível, no veículo a gasolina, e os 50 por cento de aumento das emissões dos mesmos poluentes para o caso do veículo diesel e para as emissões de HC no veículo a gasolina. Os aumentos de NOx encontram-se na casa do 20 por cento para o veículo a gasolina e 30 por cento para o Diesel.
Conforme explica o comunicado do IST, citando a autora do estudo, a metodologia foi desenvolvida com base em dados experimentais e possibilitou “uma análise da desagregação das emissões numa situação de congestionamento, pelos diferentes perfis de velocidade e modos de condução (ralenti, aceleração, cruzeiro e desaceleração). Foi também estudado qual o efeito que a utilização de ar condicionado provoca nos consumos e emissões de poluentes atmosféricos, para a mesma dinâmica de tráfego, característica das situações de tráfego congestionado” (ler aqui).
Mais: se existir uma fila de 20 veículos, o aumento de emissões causado pela presença de portagens convencionais, comparativamente ao sistema Via Verde, é equivalente a 151%, 179%, 62% e 70% (para CO, NO, HC e CO2, respectivamente) (ler aqui).
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