Os filhos da nação.
"Portugal tem a taxa de natalidade mais baixa da Europa. No momento em se discute a reforma da Segurança Social, eis um dado que não pode ficar de fora.
Por ocasião do Dia Internacional do Idoso, o Eurostat divulgou um estudo com as projecções demográficas para a população com mais de 65 anos. E o que no diz o organismo oficial das estatísticas da união? Infelizmente nada de novo: a população europeia com mais de 65 anos deverá duplicar no período compreendido entre 1995 e 2050, altura em que deverá representar 135 milhões de pessoas no território dos 25.
Observando este cenário, poderíamos numa primeira análise pensar que este fenómeno pouco irá afectar países como Portugal e que esta tendência demográfica é essencialmente uma característica dos países ricos do Norte europeu. Mas, o melhor mesmo é prestarmos particular atenção ao que projecta o Eurostat: os países da UE onde a percentagem da população com mais de 65 anos será maior em 2050 são a Espanha (36%), a Itália (35%), a Alemanha, a Grécia e Portugal (32%).
Em Portugal a população classificada como idosa crescerá dos 15% registados em 1995 para os 32% previstos para 2050. Um sinal de desenvolvimento da qualidade de vida com o aumento da esperança de vida? Também, mas não só. Relativamente ao caso português, o Eurostat avança com outros dados que nos obrigam a reflectir. Por um lado, o número de anos que os portugueses vivem depois dos 65, de boa saúde e sem incapacidade, é menor do que a média europeia. Por outro lado, o nosso país é o que tem a maior taxa de emprego entre os 65 e os 69 anos (28,4%), o que pode significar entre outras coisas, que uma larga faixa de cidadãos chegam aos 65 anos sem terem garantido os meios suficientes para passar uma reforma tranquila.
Os resultados deste estudo do Eurostat, apesar de já não constituírem uma surpresa e para além da sua validade per si, são particularmente pertinentes no momento em que o debate sobre o sistema de segurança social está definitivamente aberto em Portugal. Nesta matéria, o Governo e o primeiro-ministro têm sido claros no caminho que querem trilhar: uma reforma da segurança social que ajusta o sistema às alterações demográficas, mas que mantém no essencial um modelo de “solidariedade geracional”. Para usar a imagem que o primeiro-ministro gosta de repetir, cito de memória: “Um modelo onde eu pago a reforma dos meus pais e os meus filhos pagarão a minha reforma.” Pergunta: e se não houver filhos suficientes para pagar as reformas dos pais?
Portugal tem a taxa de natalidade mais baixa da Europa. No momento em se discute a reforma da segurança social, eis um dado que não pode ficar de fora. O Governo propõe o alargamento da rede dos equipamentos sociais, como as creches, o alargamento dos horários das escolas do 1º ciclo, e a bonificação da licença de maternidade e do abono de família a partir do segundo filho. É alguma coisa, mas é pouco. Independentemente do modelo de Segurança Social que se defenda, seria bom que os incentivos à natalidade fossem um tema central do debate. Filhos, precisam-se."
Nuno Sampaio
Por ocasião do Dia Internacional do Idoso, o Eurostat divulgou um estudo com as projecções demográficas para a população com mais de 65 anos. E o que no diz o organismo oficial das estatísticas da união? Infelizmente nada de novo: a população europeia com mais de 65 anos deverá duplicar no período compreendido entre 1995 e 2050, altura em que deverá representar 135 milhões de pessoas no território dos 25.
Observando este cenário, poderíamos numa primeira análise pensar que este fenómeno pouco irá afectar países como Portugal e que esta tendência demográfica é essencialmente uma característica dos países ricos do Norte europeu. Mas, o melhor mesmo é prestarmos particular atenção ao que projecta o Eurostat: os países da UE onde a percentagem da população com mais de 65 anos será maior em 2050 são a Espanha (36%), a Itália (35%), a Alemanha, a Grécia e Portugal (32%).
Em Portugal a população classificada como idosa crescerá dos 15% registados em 1995 para os 32% previstos para 2050. Um sinal de desenvolvimento da qualidade de vida com o aumento da esperança de vida? Também, mas não só. Relativamente ao caso português, o Eurostat avança com outros dados que nos obrigam a reflectir. Por um lado, o número de anos que os portugueses vivem depois dos 65, de boa saúde e sem incapacidade, é menor do que a média europeia. Por outro lado, o nosso país é o que tem a maior taxa de emprego entre os 65 e os 69 anos (28,4%), o que pode significar entre outras coisas, que uma larga faixa de cidadãos chegam aos 65 anos sem terem garantido os meios suficientes para passar uma reforma tranquila.
Os resultados deste estudo do Eurostat, apesar de já não constituírem uma surpresa e para além da sua validade per si, são particularmente pertinentes no momento em que o debate sobre o sistema de segurança social está definitivamente aberto em Portugal. Nesta matéria, o Governo e o primeiro-ministro têm sido claros no caminho que querem trilhar: uma reforma da segurança social que ajusta o sistema às alterações demográficas, mas que mantém no essencial um modelo de “solidariedade geracional”. Para usar a imagem que o primeiro-ministro gosta de repetir, cito de memória: “Um modelo onde eu pago a reforma dos meus pais e os meus filhos pagarão a minha reforma.” Pergunta: e se não houver filhos suficientes para pagar as reformas dos pais?
Portugal tem a taxa de natalidade mais baixa da Europa. No momento em se discute a reforma da segurança social, eis um dado que não pode ficar de fora. O Governo propõe o alargamento da rede dos equipamentos sociais, como as creches, o alargamento dos horários das escolas do 1º ciclo, e a bonificação da licença de maternidade e do abono de família a partir do segundo filho. É alguma coisa, mas é pouco. Independentemente do modelo de Segurança Social que se defenda, seria bom que os incentivos à natalidade fossem um tema central do debate. Filhos, precisam-se."
Nuno Sampaio
23 Comments:
Já não chega o IRS, IRC, IMI, IMT, IS, IA, IP, que paga-mos, anda temos que suportar os custos da SS. O estado que desapareça da enocomia, e deixe os privados trabalhar. LIMITE-SE, com os impostos arrecadados, a fazer acções sociais, com a destruição dos bairros de barracas no 6.º Maio, Damaia, apoio social a quem necessita, etc. Quanto ao resto, auto estradas aeroportos, hospitais, universidades, deixem os privados TRABALHAR.
A pobreza dos idosos ,em Portugal vai ser crescente,independentemente da demagogia e aldrabice dos politicos.O país não vai poder oferecer trabalho "nobre", na divisão internacional para poder garantir niveis europeus PS-força Nuno!"um por todos ,todos por um!"..
Com salários de 500, 600 euros, e com ofertas a licenciados de 800 ou 1000 euros, os chamados mileuristas, os nossos jovens são obrigados a emigrar o que irá aumentar ainda o défice demográfico. Conheço doze jovens que depois de acabarem a licenciatura emigraram e já tiveram os seus filhos na Irlanda, Suíça, Holanda, Espanha e até na Austrália. Estão todos, governantes e "empresários" com perspectivas a curto prazo. Como diz o outro: "É a vida..."
Sim, e deixem os privados despedir pessoal ao sabor do vento, que a SS paga o respectivo subsidio, aqui já interessa o ESTADO suportar a deslocalização, o lucro facil, a globalização das empresas, quem paga sempre, o Zé Maria Pincel.
E, como se sabe, só vão tendo meninos as funcionárias públicas! É uma caricatura, claro. Mas quando estas forem em menor número, a natalidade vai baixar mais. Quantas trabalhadoras do sector privado se sentem à vontade para engravidar e estar meio ano sem pôr os pés na empresa? E as horas de dispensa para aleitação? E as faltas para acompanhamento dos filhos nos primeiros anos de vida?
E o Jorge quer isto tiudo privado porquê ? não leu o relatório da cimeira de Davos . Vá mas é bugiar que eu acho que o Estado só tem de existor se se justificar a sua existência e criar instituições sociasis e não só você deve ser daqueles da conferência do beato seu seu ... seu... ,. Quanto à questão da natalidade pois é um facto que Portugal está na cauda da Europa mas essa é a nossa posição favorita , veja-se em matéria de salaários veja-se em matéria de desenvolvimento ou será melhor desenvolvilento , veja-se nas infraestruturas basicas veja-se nas condições de precariedade do emprego veja-se ...veja-se ... veja-se , etc. , e depois vem o sr 1º a dizer tenham filhos tenham filhos ainda hoje vim da rua sem ter um sitio decente e compativel com o meu rendimento familiar para pôr a minha filha , o melhor que arrajei só em janeiro so ano que vem mas tinha já de começar a pagar e não garantiam , melhor eram só 650 € agora porque como ainda não frequentava não pagava comida depois eram mais 190 € , pra eu so tenho por mês 1150 € com mais 450 € (a subir) para renda de casa , agua , luz , comidinha e tansportes e net enfim um unico luxo porque já vai sendo um luxo quanto sobrava = 0 venha mais um que este é pouco . e se viessem gémeos então óh larilas essa é que era mesmo boa .
Pois pois... Ter filhos e um luxo nos dias de hoje... Quase nao ganho para o dia a dia.. qnt mais para sustentar filhos... Ter filhos em Portugal e facil.. AUMENTEM OS SALÀRIOs!
Gostei de ouvir ontem o Sr Van Zeller da CIP explicar, no programa Prós e Contras, porque dava o seu acordo ao plano de reforma da SS do Governo: porque as principais medidas eram necessarias e estão correctas e vão permitir aguentar a SS mais alguns anos. Será a reforma definitiva? Claro qye não. Daqui a alguns anos vamos ter que voltar a rever o problema. Ha um problema que tem sido pouco abordado, que está aí ao virar da esquina e tem muito a ver com a reforma da SS e o artigo do autor: A IMIGRAÇÃO. A Espanha e a Italia estão à rasca. Os EUA vão construir o tal muro com 1200Kmm. Para quê? Só uma pergunta a ver se alguem sabe: porque é que os sub-saharianos ainda não descobriram o "caminho maritimo" para a Madeira? Mêdo do Dr Alberto João Jardim?
Não acredito que eventuais incentivos contribuam decisivamente para aumentar a taxa de natalidade. Melhores abonos de família, licenças de maternidade alargadas, creches e outros equipamentos sociais são medidas louváveis mas poderão ter impacto reduzido. Serão medidas positivas, mas a instabilidade no emprego e os baixos salários não permitem que a maioria dos casais se dê ao «luxo» de ter filhos. Alimentar, vestir, educar e satisfazer todas as necessidades de um filho está fora do seu alcance. É um esforço prolongado — a maioria dos filhos não se tornam independentes antes dos 25 ou 30 anos. Além disso, filhos são pouco ou nada compatíveis com muitas actividades profissionais e exigem muitos sacrifícios dos pais. Verifica-se também uma mudança cultural que não contribui para incentivar a natalidade: no passado, os filhos eram normalmente garantia de apoio dos pais na velhice. Actualmente, logo que os progenitores se tornam um fardo, a maioria deposita-os em lares onde os abandonam à sua má sorte. Tudo isto contribui para a redução da natalidade e creio que não serão alguns incentivos que irão alterar a situação. Mas, mesmo que tal aconteça, o aumento da natalidade só contribuirá positivamente para a Segurança Social daqui a muito tempo. Demasiado tempo, aliás.
Lendo os comentários percebe-se o estado de penúria a que conduziram Portugal. E, como dizia o outro, o 25 de abril ainda não acabou...
Numa altura que a população mundial aumenta exponencialmente (para níveis superiores aos recursos existentes) é um pouco de egoísmo estarmos preocupados com a baixa taxa de natalidade Portuguesa, com o medo de não termos quem nos pague a nossa reforma.
Com os salários que se praticam,e a ter que pagar infantários,não se podem ter filhos.Esta é a triste realidade,que era bom que essas "luminárias" governativas entendessem, de uma vez por todas,lá do alto das mordomias,com que se rodeiam,e que todos pagamos.
O sr. Privador prefere que o estado gaste o dinheiro do IRS, IRC etc. em autoestradas, aeoroportos, nas reformas dos generais e professores de 4000€ etc., nas universidades onde andam todos os meninos dos colégios porque é gratuita e elitista, OU em subsídos para a colocação do seus filhos num infantário se não tiver rendimentos, ou em habitação social, ou em subsidio de maternidade condignos, para sua mulher e todas as mães ? Por isso o Estado que DESAPAREÇA da economia e intervenha com o dinheiro arrecadado dos impostos em acção social, como se pode ver pelas exposição do sr. Privador, aqui é que o estaddo deve intervir, ajudar quem precisa para isso é que eu pago impostos, por justiça social, não para encher os bolsos de alguns, não nas autoestradas ou em aeroportos faraonicos ou em TGV. P.S.o problema é que os subsidios não dão comissões nem poder para quem nada mais sabe fazer do que desgovernar!!!!
o estado tem sido o maior roubo das economias. Nunca elas estiveram tão bem Roubam tudo eles comem tudo NUNCA SE PAGOU TANTO IMPOSTO ,NUNCA SE ROUBOU TANTO QUEM TRABALHA TAMBÉM AS IMPRESAS QUER SEJA EM PORTUGAL QUER SEJA NO RESTO DA EUROPA UMA CAMBADA DE LADROES. DEPOIS VEM COM TRETAS DE DEFICIS E TRAQUINICES PARA ROUBAR MAIS UMA VEZ CHULOS MELHOR NAO TER NADA NEM FAZER NADA O SOL POR ENQUANTO É DE GRASSA TAMBÉM DORMIR É MEIO SUSTENTO E QUE TRABALHEM OS BURROS DOS POLITICOS SE EU NAO TIVER NADA TAMBÉM NAO SOU ROUBADO
Bom artigo, subscrevo o que diz lc, acrescentaria que os paises ricos têm a posssibilidade de atenuar o problema da população envelhecida, basta que procedam a autorizações selectivas de entrada de imigrantes , mas isto será um remendo. A solução poderá passar por uma mudança de mentalidade, cultural talvez. Na nossa sociedade tudo parece estar organizado para as familias terem poucos filhos ou nenhuns, basta ver a titulo de exemplo, a publicidade onde entram casais, (sugere-se implicitamente um ou no maximo 2 filhos)os proprios apartamentos não são para familias numerosas, hoje as pessoas ficam estupefactas quando alguém diz publicamente que tem 4 ou 5 filhos. Julgo que uma maior contribuição da sociedade, para com aqueles casais que decidem ter mais filhos, seria um grande passo para inverter a situção de desastre demografico que se avizinha.
Tenho um amigo que há 20 anos, na decada de oitenta do seculo passado, dizia que a cultura dum povo podia ser aferida pelos comentários e desenhos que se viam nas portas da casa de banho. Hoje penso que podemos tirar conclusões sobre a cultura, o saber dos portugueses não nas portas das casas de banho publicas mas analisando os comentários aos artigos dfe opinião publicados.
Fazia falta colocar o assento tónico, como este artigo coloca e muito bem,na questão do déficit de nascimentos em Portugal. Efectivamente, corre-se o risco de já não haver filhos que venham a pagar a reforma de seus pais (e de outros pais). O que se está a passar é fruto das reengenharias sociais,em que o papel das famílias tem vindo, ao longo dos anos, a ser subalternizado pelo "pai" Estado, quando não combatida através das campanhas abortistas,pela exaltaçaõ da sensualidade e dos comportamentos infantis. As várias campanhas e os ecos altissonantes que são dados à criação de famílias "alternativas",(estéreis) e toda a desbunda, como se vê espelhada na sociedade, onde hoje, não é fácil encontar situações mínimamante equilibradas seja em que sector fõr,e em em que o estado de espírito geral é quase deprimente.Esta é a realidade social Portuguesa! Não merece a pena listar todos os males que esta sociedade doente padece, mas o que é certo é que, sem famílias equilibradas, não há filhos equilibrados e cidadãos de futura responsabilidade garantida, numa Nação que de "rasgos" só tem "improvisos" e estúpidas "inovações"! O problema é de fundo porque uma Nação não se faz com cidadãos...envelhecidos, nem o recurso à imigração é a solução, mas sim quanto muito, poderá ser um complemento!
1.A questão da sustentabilidade da Seg. Soc. e a questão da apresentação ao público da situação das finanças públicas levantam-se em muitos Países. 2.Na revista "LE VIF/L EXPRESS" n°2881,de 29 Setembro,pag.16 a 26,a Sra Isabelle Philippon apresenta o caso belga,com inúmeros exemplos.Os "métodos" para apresentar orçamentos "equilibrados" são mostrados,vg,a venda de património seguida de arrendamento pelo Estado( em 4 anos o inquilino Estado paga o que arrecadou como Vendedor do imóvel.E depois ?).Os custos futuros da apropriação de certos fundos de pensões(BELGACOM),ou fundos nucleares(SYNATOM) ou da gestão de certas dívidas(SNCB)serão esmagadores.E depois?.As perdas provocadas pela TITULARIZAçÃO DAS DIVIDAS FISCAIS são muito gráves e hipotecam o futuro.O artigo demonstra o ERRO destas operações "one shot" e os seus DOLOROSOS CUSTOS FUTUROS. 3.O custo do envelhecimento na Bélgica(pensões,cuidados de saúde,incapacidade para o trabalho,pré-pensões,desemprego,subsídios às Famílias,outras despesas)é friamente analisado neste artigo que frontalmente coloca a questão: "La faillite des pensions ?".O artigo lembra as preocupações e as recomendações específicas à Bélgica do FMI e da OCDE.O artigo conclui com referências a eventuais SEGUNDO e TERCEIRO PILARES,que deveriam ser submetidos,segundo a revista,a um debate PUBLICO e DEMOCRATICO.O artigo dá ainda a entender que antes das eleições federais belgas de 2007, os cadaveres que se encontram empilhados nos armários não serão exumados...
Está tudo errado, os recursos vão para onde não devem ir, o dinheiro dos impostos é mal gasto, exige-se aos mais novos que tenham filhos que têm de ficar em infantários a 400 e/mês mínimo, têm de ser alimentados, vestidos e ir ao médico com ordenados esclavagistas, com insegurança no emprego e poucas perspectivas de mudança. De acordo com o que se diz da pouca formação dos jovens "doutores" de hoje que frequentam as faculdades quase como fazendo parte do estatuto actual do jovem mesmo que sem grandes resultados (tambem as escolas não são muito exigentes no que toca à qualidade). Entretanto, como os empresários nacionais têm uma visão estreita da economia e só olham para o próprio umbigo, mesmo os melhores não têm grande hipótese de ganhar alguma coisa de geito. Neste País é bom ser médico ou advogado, de preferencia com poucos escrúpulos.AH e tambem politico, deputado, juiz, árbitro e construtor civil... mas não podemos todos ter essas "profissões"...Há no entanto profissões em falta que ninguem quer fazer (é humilhante ser serralheiro, electricista ou outra) e as escolas tambem não potenciam formação nessa área!! Assim sendo não há filhos para ninguem ou então os casais têm um e já dá muita dor de cabeça. Os nossos "pensadores" no governo tambem só arranjam soluções que, do meu ponto de vista, não vão os resultados ideais. Neste momente quem tem filhos à farta são os imigrantes ou outros de etnias que, por serem das chamadas minorias ´^em protecção do Estado (nós) através de subsidios vários..... Palavras para quê?!!
Os jovens não têm emprego, em especial as mulheres. Vemos licenciadas serem exploradas pelo ESTADO: que lhe MENOS DO QUE UMA MULHER A DIAS GANHA, não lhes dá direitos,não tendo por isso direito a subsídio de desemprego quando resolvem prescindir dos seus trabalhos, que os obrigam a fazer 10 e mais horas de trabalho para tapar lacunas originadas pela falta de efectivos. Podem estas jovens ter filhos? Como? Se ficarem grávidas perdem tudo, até o parco e vergonhoso salário que recebem. Enquanto os nossos governates não pensarem na empregabilidade dos jovens mais aptos, para apenas "obrigarem" os mais velhos a continuar a trabalhar, não é possível mudar nada. Nâo se esqueçam que a maior parte dos funcionários e trabalhadores em geral que já labutam há mais de 35 anos estão gastos, cansados e agora desiludidos, levando a níveis de produção quase residuais por parte de quem se vê a trabalhar para além do que pode e do que contratou no início da sua carreira. Abram os olhos senhores governantes, não olhem só para si nem para os seus, a quem arranjar um emprego, bem pago mesmo que sem qualquer experiência,apenas basta fazer um telefonema. Esta não é a realidade do país em que vivem e que ainda se chama Portugal.
A geração dos meus pais tinha menos posses e bastante mais filhos. Portanto a questão não é essa. As mulheres trabalham mais e o estado não dá garantias de colocação das crianças até aos 4 ou 5 anos. Talvez seja um dos principais problemas. Por outro lado, talvez os portugueses tenham descoberto uma liberdade que os tornou mais egoístas. Não conheço ninguém que queira ter filhos e não tivesse pelo menos um por razões económicas, mas conheço muitos que simplesmente não querem essa responsabilidade.
A geração dos meus pais tinha menos posses e bastante mais filhos. Portanto a questão não é essa. As mulheres trabalham mais e o estado não dá garantias de colocação das crianças até aos 4 ou 5 anos. Talvez seja um dos principais problemas. Por outro lado, talvez os portugueses tenham descoberto uma liberdade que os tornou mais egoístas. Não conheço ninguém que queira ter filhos e não tivesse pelo menos um por razões económicas, mas conheço muitos que simplesmente não querem essa responsabilidade.
Apelo a que medite um pouco no que afirma. "Um modelo onde eu pago a reforma dos meus pais e os meus filhos pagarão a minha reforma". A sua afirmação parece-me pouco correcta, da forma como o país continua a endividar-se receio que os seus netos e bisnetos venham a pagar não só a reforma dos seus pais, o seu vencimento, assim como a sua reforma. O Estado gere bem mal, mas pessoalmente prefiro mil vezes a má gestão do estado à de qualquer privado. Ficaria feliz se por acaso as actuais gerações administrassem um pouco melhor o património que herdaram e tivessem um pouco mais de respeito pelos seus antecessores. Não sejam solidários sejam justos.
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