quarta-feira, janeiro 10, 2007

Confusão.

"Os acontecimentos dos últimos dias não vêm contrariar aquilo em que acreditamos, ou seja, que o caminho certo para combater o terrorismo é a via da repressão policial e judicial dentro dos mecanismos legais de um Estado de direito democrático e a necessária firmeza política para aproveitar as boas ocasiões de eliminar a violência pela negociação. Em certas circunstâncias, quando estão muito debilitadas, sim, deve negociar-se com organizações terroristas.

Zapatero não fez melhor nem pior do que Felipe González ou Aznar. Sobre o primeiro tem a vantagem de não se ter metido numa aventura de terrorismo de Estado. Sobre o segundo, a de não ter enganado os espanhóis criando a ilusão de que é possível vencer uma organização como a ETA pela repressão pura e simples. O primeiro-ministro espanhol não criou um facto novo ao negociar com a ETA, mas agora tem a obrigação de não retroceder um milímetro perante os terroristas e deixar claro que o Estado espanhol voltou ao ciclo da repressão. Se volta ou não a surgir uma oportunidade de negociações, só o tempo e o comportamento da ETA o dirão. Até lá, só a justiça espanhola e os seus mecanismos de repressão devem pautar este conflito
(mais aqui)."
Se Zapatero tem a vantagem sobre Aznar de “não ter enganado os espanhóis criando a ilusão de que é possível vencer uma organização como a ETA pela repressão pura e simples” porque é que o autor do comentário afirma que “só a justiça espanhola e os seus mecanismos de repressão devem pautar este conflito”? Deixou de ser uma ilusão só porque é Zapatero e não o Aznar?

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