Vitória de Pirro.
"Se as palavras de ontem do Governo e do próprio PS tiveram efeito tranquilizador em Belém, o mesmo não se poderá dizer do que aconteceu ao longo desta semana. Depois de ter ouvido o próprio José Sócrates a falar em "consensos" e numa lei ponderada, logo após o anúncio dos resultados eleitorais, Cavaco já não gostou quando ouviu Alberto Martins, Manuel Alegre e até Vital Moreira a afirmar, dias depois, que o PS não cederia aos partidos à Direita (ou aos movimentos do "Não") na regulamentação da lei. As intervenções nesses sentido, feitas nas jornadas parlamentares socialistas, deixaram incómodo em Belém, levando Cavaco a fazer duas declarações em menos de 24 horas. Primeiro, apelando a "soluções de bom senso", para evitar novas "rupturas na sociedade portuguesa"; depois defendendo que se "observem as boas práticas que existem por essa Europa fora". Curiosamente, uma expressão do próprio Sócrates no último domingo, a que o Presidente deu um sinal de acordo explícito - em Belém, as declarações de Sócrates são vistas como ponderadas, em oposição ao que se viu, depois, dentro do PS. Para que não restassem dúvidas, o Presidente disse ainda que a participação dos portugueses no referendo "não foi a desejada", sinalizando que o facto de o referendo não ser vinculativo lhe dá poderes suficientes para, no limite, vetar a lei que virá do Parlamento (mais aqui)."
Esta rapaziada da esquerda é um mimo. Às vezes precisam de alguém que os “acorde”…
6 Comments:
A rapaziada do "Não" tem mau perder.
Flecha de Prata
Ainda bem que há um Jardim, para esclarecer a turba em movimento. De facto, o referendo sem mais de 50% de votantes, não tem valor juridico, passa apenas a opinião...! O Sócrates, sabe disso como demonstrou o aparecimento na TV, agora ele que decida e faça o que prometeu com a tal comissão de acompanhamento...! Eu não acredito na sua dsejada viabilidade. Logo se verá!
Tem toda a razão Dr.Alberto João!!! A verdade é que nem todos tem a sua coragem.Eu admiro-o por isso. Em Portugal Continental é que parece haver uma ditadura em que um cidadão quase nem pode falar ou sair à rua(sem estar de acordo com o Governo ou com o seu chefe). De facto não há qualquer valor jurídico neste referendo e por isso ele não é vinculativo como vai contra a Constituição Portuguesa.
Até que enfim que vi alguem a colocar água na fervura do progresso, rumo aos píncaros da europa que varre este País de lés a lés. Eu nunca vi tamanha eficácia governativa, afinal o aborto éra o nosso problema a partir de agora vai ser um mar de rosas, esperem pelos espinhos.
E de louvar esta posicao do EX.mo Sr. Presidente da Republica Cavaco Silva, concordo plenamente e espero que realmente seja feito tudo em virtude de salvar vidas e nao mata-las.
Mas qual progresso e modernidade? Adoptar o aborto como prática comum na sociedade é ser-se evoluído? Com tanta questão importante: educação, natalidade, produtividade, preocupam-se em ser modernos na questão do aborto apenas. E não sou eu católica nem conservadora nem do mundo rural.
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