Grandes democratas.
"Sobre a previsível vitória de Salazar nos ‘Grandes Portugueses’, tem-se sublinhado a ironia de a ‘eleição’ ser ganha por alguém que não admitia eleições. Entendo a ironia, não entendo o critério. Sem a dúbia ressalva do ‘contexto’, quem, na ‘lista dos dez’, representa a alternativa ‘democrática’? Os dois monarcas? D. Henrique? O Marquês de Pombal? Um navegador a soldo real? Um poeta com ardores ‘imperialistas’? Um diplomata que serviu Salazar? Pessoa, que admirou Salazar? Ou Cunhal, cônsul da URSS?
Caso levássemos o concurso a sério, o pior não estaria no desprezo de Salazar por eleições, mas no dos portugueses em peso. Excepto, claro, para elegerem ditadores, parentes de ditadores, funcionários ou simpatizantes. E isso, se não fosse uma brincadeira (repito), é que seria irónico."
Alberto Gonçalves
Caso levássemos o concurso a sério, o pior não estaria no desprezo de Salazar por eleições, mas no dos portugueses em peso. Excepto, claro, para elegerem ditadores, parentes de ditadores, funcionários ou simpatizantes. E isso, se não fosse uma brincadeira (repito), é que seria irónico."
Alberto Gonçalves
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