quarta-feira, abril 18, 2007

Desperdiçar trunfos.

A televisão digital, a Internet e o correio electrónico são um efectivo contributo para tornar os cidadãos actualmente mais informados e, consequentemente, mais poderosos em termos de resistência à manipulação intelectual. Neste admirável mundo moderno marcado pela informação excessiva, o problema reside no facilitismo intelectual da maioria da opinião pública portuguesa. Em vez de procurar a informação por ela própria nesse mundo de excesso de informação actualmente disponível, embarca no grosseiro ruído de fundo imposto pelos manipuladores da palavra, aonde as verdades subjectivas e particulares, leves como a espuma e inconsistentes como o vento, exterminam a verdade objectiva.

Nesse mundo facilitista, o indivíduo torna-se autista, sem capacidade crítica, facilmente manipulável e, por conseguinte, submetido à ditadura do pensamento único.

Agravando a situação, actualmente o trabalho jornalístico privilegia mais a informação sobre o irrelevante e o efémero, esquecendo o essencial, a informação sobre tudo o defende e ameaça o cidadão, conduzindo à morte do essencial: o pensamento, a inteligência e a verdade.

Essa morte do essencial leva a que a opinião pública só reaja a slogans e uma sociedade que só reage a slogans é uma sociedade rendida à manipulação, que despreza o conhecimento e todos os restantes elementos de ligação que permitem formar critérios e opiniões a partir da informação. E nessa sociedade a impunidade intelectual não só é tolerada como justificável.

15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A reunião agendada da E.R.C.S. é só, para inglês ver, já que a mesma, não tem coragem nem conpetência para destituir 1º ministro por muito "pinóquios" que sejam. Este assunto, está carregado de contradições e seria interessante levá-lo até às ultimas consequências, sem esquecer o Srº. A. Vara. Onde, como e quando se licenciou.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Várias vezes referi as pressões e as censuras que os orgãos que orbitam em redor do governo tentam junto dos jornais e outros meios de comunicação. Felizmente que parte da nossa impressa é livre e cumprirá o seu dever ético e deontológico, ou seja divulgar a VERDADE e a REALIDADE, por muito que custe aos MENTIROSOS E MANUPILADORES PROFISSIONAIS que são sustentados pelos nossos impostos.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Aleluia!! Alguém ganhou coragem para denunciar publicamente a ingerência governativa na comunicação social. E não é de agora meus senhores. O curioso é que, no tempo de Guterres, este ministro já tinha sido acusado do mesmo. É caso para dizer, continua tudo na mesma. CS livre, SEMPRE!!!

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

.. devagar, "devagarzinho" aí está ela encapotada. Em democracia o poder político não tem nada que meter o "bodelho" onde não é chamado. Metam-se na vida mesquinha que levam e deixem os Portugueses em paz. Ou então procurem um "tachinho" no governo de Espanha que vos recebe de braços abertos. Adeus e boa viagem.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Um dos meios mais democráticos é a televisão: as tvs dão o que os espectadores vêem. Se não vissem novelas mas séries internacionais não haveria tantas novelas e haveria mais produções internacionais. Este governo até censura às tvs faz, algo que em 1992 pensei que tivesse acabado...

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Quem pensa que os que não deram eco à notícia alguma vez vão admitir que o tenham feito devido às pressões que sofreram, deve ser ainda muito ingénuo.
É óbvio que nenhum jornalista, sob pena de total descrédito pessoal (convém lembrar qual deve ser o papel do jornalista e os deveres a que se obriga, nomeadamente o da imparcialidade e isenção) a não ser os que até agora o fizeram, porque não cederam, vão admitir que não noticiaram, noticiaram pouco ou noticiaram de forma notoriamente parcial pró 1º., claro (lembre-se a entrevista da RTP!) porque cederam a pressões.
Ai, se isto se tivesse passado com o Santana ou outro que tal .... a noticia tinha virado tsunami e eramos invadidos dia e noite na Tv e nas 1ªs. páginas de todos os jornais , até à exaustão.
Mas não! Também afinal que importância tem que o curso e o percurso do sr. Sócrates ( e parece que não estará só ...) revele tantos lapsos, erros, enganos, coisas estranhas que não acontecem a nenhum outro estudante ...!!!!
Ainda bem que os erros e lapsos foram só para ele e não sobrou nenhum para nós.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Ricardo Costa, irmão do ministro António Costa e director de informações da SIC, de uma forma inteligente ao qual lhe tiro o chapéu, tenta colocar água na fervura socialista, afinal o tema da credibilidade da licenciatura de Sócrates é demasiado grave para se permitir esta troca de galhardetes entre o gabinete do PM e a comunicação social.
É admissível, numa democracia, o poder executivo querer condicionar a liberdade de informar? Não me interessa se todos o fazem. Pergunto: É legítimo?
É evidente que não. Além de ilegal, de acordo com o estabelecimento dos direitos, liberdades e garantias que a constituição prevê, torna-se ainda mais grave pela tentativa de ocultar esse facto, escondendo a mão que atirou a pedra.
Na minha óptica, o mais grave se torna em que Sócrates compreendeu que hoje em dia, o poder da informação ultrapassa as redacções dos jornais, usando os canais que o advento da internet proporciona, especialmente a blogosfera.
Tive a oportunidade de constatar na entrevista do PM à RTP, do incómodo da blogosfera em José Sócrates, pois acredita que esse meio é praticamente impossível de controlar, visto ser muito mais vasto que uma qualquer redacção, tendo hoje em dia um alcance extraordinário.
Portanto senhor Primeiro-Ministro. Não se preocupe com a sua imagem. Limite-se a cumprir aquilo que prometeu no acto de posse e tente pelo menos governar para todos os seus compatriotas, sem prepotência e truques, lembrando-se das expectativas que criou nos portugueses que lhe conferiram uma maioria absoluta.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Só o Ricardo (o Costa) é que não concorda. Está todo feliz. Trata por tu o Zé "engenheiro", então para ele é normal o Zé "engenheiro", telefonar para os orgãos de comunicação social, a exigir que não publiquem uma noticia e a ameaçar mesmo com um processo judicial (segundo declarações do publico),a ameaçar, os jornais e radios que a publiquem. Muito bem. Isto é normal? O Costa, nós não estamos em Angola. Percebe? Este espaço de terra, está no continente europeu. Percebe?Lá que o Costa, ande todo feliz, por o "engenheiro" o tratar por tu ( penso que todos já sabiamos isso), mas o Costa, vosse até pode jogar a sardinha com ele. Mas não nos tome a todos por parvos.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A RR quer se queira ou não tem a credibilidade muito debilitada, pois muito pouca gente, na sua maioria ignorantes, ainda acredita na treta de religião que defende ; quanto ao público será que não tem a ver com a opa que se afundou ?

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Deveria estar caladinho porque se os membros da RR são ignorantes está a chamar ignorante a maioria dos Portugueses.

A RFM, rádio mais ouvida em Portugal, Faz parte do Grupo Renascença. O grupo Renascença é o primeiro na audiência em Portugal. E ao chamar ignorante aos profissionais dessas rádios está chamar ignorante a mim e a maioria dos Portugueses.

Mas como o Sr falou, e muito bem, sobre a programação religiosa da Renascença é porque tb deve ouvir alguma coisita, provavelmente na sua hora de ignorância.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Tudo isto não tem na a ver com a religião. Sim ou não o PM dum país democrático ameaça e tenta influenciar a comunicação social ??? Se a resposta for positiva : é gravissimo e significa uma falência do 25-04.

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Srs da erc actuem sobre esses jornalistas de sargeta porque o que eles fazem é terrorismo psicológico perseguição calunias e tudo quanto é lixo. Que mediocridade de jornalismo que bateram no fundo,coitados precisam de ter um lugar ao sol pois não tem onde cair mortos e não sabem fezer mais nada vendem a alma ao diabo a troco de uns tAchositos! Ao ponto que se chegou um jornalismo sem ética sem moral, sem VIDA e antipedagógico! A sic é do pioriu com o ricardo costa à cabeceira que mais parece um fuinha, é por isso que as audiencias estão em baixo!

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Entra em cena e em força a Entidade Reguladora para a Comunicação do Estado com a audição dos jornalistas que escreveram sobre a Universidade Independente. Quer se queira quer não, este órgão de natureza pública corre o risco de se tornar num factótum da Assembleia da República que designa 4 membros do respectivo Conselho Regulador. Em idos tempos, no programa da TV2, “Clube dos Jornalistas”, manifestou-se contra a criação de um Ordem dos Jornalistas a ex-presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas, Diana Andriga (pudera não!). Nessa altura e nesse local, as opiniões favoráveis dos jornalistas Octávio Ribeiro e Eduardo Cintra. Igualmente com idêntica opinião (não posso precisar se nessa altura ou em outra) Mário Bettencourt Resendes. Em artigo, de igual abono, o então bastonário da Ordem dos Advogados, Castro Caldas (“Público”, 3.Junho.97). De opinião contrária, o constitucionalista Vital Moreira: “Sempre me manifestei contra a criação de uma ordem profissional – aliás rejeitada num referendo à classe realizado há mais de uma década” (“Público”, 5.Julho.2005). Assim, o referido referendo é tido por ele como intocável e idolatrada vaca sagrada dos hindus! Mas não para Miguel Sousa Tavares, 3 anos antes: (...) “opus-me no referendo feito à classe sobre a criação de uma Ordem dos Jornalistas. Hoje revejo a minha posição. É urgente a criação de uma Ordem dos Jornalistas” (“Público”, 6.Março. 98). Na hora que passa, perante, ao que se diz, as pressões oficiais para serem filtradas as notícias dos media sobre a Universidade Independente e seus diplomas(uma nova versão do lápis azul – ainda que azul celeste! - da censura da II República?), é natural que a classe jornalística queira a sua emancipação profissional, através de uma associação de direito privado, ou seja uma Ordem dos Jornalistas!

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Na última linha do meu comentário sobre a ERC e a criação de uma Ordem dos Professores, por lapso, escrevi "direito privado", em vez de "direito público". Julgo que facilmente seia detectadao o engano. Mas por via das dúvidas...

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A frágil e ainda incipiente democracia portuguesa tem aqui a seu mais grave ameaça desde os tempos do PREC. No fundo, está a decidir-se sob que regime iremos viver nas próximas décadas. Não me parece que para se governar um país seja necessário controlar a opinião e o pensamento da população, desde que se tenha um programa de acção que promova a paz, emprego, liberdade, justiça e a saúde dos cidadãos. Será este o problema?

quinta-feira, abril 19, 2007  

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