O grande logro.
1/ "A Universidade Independente (UnI) passou a José Sócrates dois certificados de habilitações com datas diferentes da conclusão do curso e com dados diferentes no que diz respeito às disciplinas que foram concluídas, noticiou a TVI (mais aqui)."
2/ "O Bloco de Esquerda disse que o que interessava era saber se o primeiro-ministro favoreceu ou foi favorecido. Não há factos que permitam sustentar hoje qualquer alegação de favorecimento. O dr. Marques Mendes entende que em política se devem fazer julgamentos de carácter, mas a política não é um tribunal moral, é de responsabilidade pública e esse critério aplica-se a todos os políticos (mais aqui)"
A entrevista de Sócrates não passou de um grande logro. Exigida a explicação há muito pela oposição e planeada ao pormenor por Sócrates, o assunto foi branqueado pela máquina mediática (sondagens e artigos de opinião) e restante “Orquestra Vermelha”, numa perfeita sintonia jamais vista por terras lusas. Os políticos confiam na cegueira da imensa carneirada que os apoia e esta parece não os decepcionar. Que venham as contrapartidas para a "Orquestra Vermelha"!!!
Etiquetas: Atirem-me areia para os olhos, Cantas bem mas não me alegras, Orquestra Vermelha da Robinóquilândia.
22 Comments:
Está tudo esclarecido. O PM frequentou as aulas na Universidade Independente, pagou as propinas, estudou, fez exames. Nessa época remota o funcionamento dessa instituição era "absolutamente impecável" (sic). Embora se verificassem certas singularidades: notas dadas pelos professores em período de férias (Agosto), concessão de equivalências sem exibição pelo aluno dos títulos invocados, diplomas passados aos domingos, aulas ministradas pelo (magnífico, como todos eles) reitor (por falta de professores ou excesso de tempo livre do mesmo?)... Mas a culpa não era evidentemente dos alunos. E concretamente aquele aluno fez (e bem) o seu trabalho, aliás em regime pós-laboral, sacrificando assim o seu tempo livre e o merecido descanso das labutas político-governativas: foi a (algumas) aulas (embora não tenha sido avistado por todos os colegas), estudou, fez exames, ficou aprovado em todas as 5 cadeiras (ou bancos, ou "mochos", não sei) que frequentou, sendo de salientar que 4 delas foram regidas pelo mesmo professor, o que indicia tratar-se de um mestre fora-de-série, o que naturalmente acresceria o grau de exigência em relação aos alunos, o mesmo raciocínio sendo válido para a cadeira (banco, etc.) ministrada (magnificamente) pelo próprio reitor. Tudo isto fez o referido aluno com sacrifício e pertinácia, com o único objectivo de se valorizar. É um exemplo para todos os portugueses. É um orgulho para todos nós. E os estudantes que ponham os olhos neste exemplo e cultivem as virtudes que dele se retiram.
E universidades assim é que se precisam. Universidades que não ponham problemas burocráticos aos alunos na inscrição e nas equivalências, que lhes arranjem planos especiais de licenciatura, que não fechem nas férias e aos domingos, que aproveitem ao máximo a sua massa cinzenta (vulgo corpo docente), evitando contratar massivamente docentes, com a consequente baixa de qualidade do ensino e aproveitando as próprias (e magníficas) capacidades dos reitores. A ordem de fecho da Universidade Independente é um acto gritante de injustiça e um dano irreparável no nosso mundo universitário.
A encenação fingida. Ele foi lá pelas insinuações relativas ao seu diploma na UnI,
o resto foi apenas tempo morto
Há coisa que Sócrates jamais poderá explicar. E, como tal, o fundo da questão ficou obviamente por esclarecer
Houve muitas inconsistências no seu discurso apesar da forma hábil como geriu a conversa com os jornalistas
Ficou por esclarecer aquela história dos dois documentos iguais, do mesmo dia, e onde as qualificações divergem
Há muito por explicar. Não é normal que uma universidade aceite um aluno e só um ano depois receba o seu diploma.
Há muito por explicar. Não é normal que uma universidade aceite um aluno e só um ano depois receba o seu diploma.
Sócrates, que levou quinze dias a estudar a lição, sabia que não podia esperar uma boa nota, porque a matéria era confusa e não havia maneira de a simplificar. Lutava, desesperadamente, para não ser enxovalhado. Mas, apesar do seu grande esforço, o resultado ficou aquém dos objectivos.
Sócrates, de certo modo, imolou-se. Não precisava deste exame para nada. Ou tudo era regular, e nada havia a explicar, ou não era, e todas as explicações seriam suicidárias.
Antes da sua patética ‘explicação’ Sócrates era criticado por nada dizer. Mas não era uma crítica. Era uma provocação. E Sócrates caiu que nem um pato.
Foi Sócrates que se atirou para a fogueira e com as suas ‘explicações’ (re)definiu as regras do jogo e convidou à contradição. Das dúvidas sobre o seu curso passámos para as dúvidas sobre o seu discurso. Agora falamos das suas ‘explicações’ mal explicadas, e não de blogues ou textos dos jornais. Lamentável. Porque os seus inimigos não são melhores do que ele. Mentem quando dizem que lhes é indiferente que Sócrates seja ou não licenciado.
Sejamos honestos! Neste Pais, tão bem (des) governado desde 74, o que é que nos esperava? Aquele que se diz que "faz o que te digo, mas nao faças o que eu faço" assentava que nem uma luva a todos estes senhores! Já só não duvido é de mim!Francamente e até dizem que as acusações ao Sr (?!?!?) são simplesmente deploráveis! Ate onde chega a verdade!?!?? Tenham vergonha e venha outro 25 de Abril!!
Lamento que a oposição de esquerda se demarque desta grave questão. Ou será que nos bastidores contratualizou alguma coisa com o governo para se manter calada? É que qualquer pessoa lúcida percebe que, neste caso, há factos por clarificar e isto começa a cheirar muito mal...
Que ele tenha ou não curso isso acaba por ser irrelavante (pelo menos em paises mais avancados, desde que o individuo seja competente o curso acaba por ser secundario), mas o que é grave é todo este processo estar cheio de pormenores esconsos, minando a credibilidade deste indivíduo. E aquele outro que acabou o curso na 6a feira e na 2a feira passa a administrador da CGD, também com curso da UNI?
Nunca vi um tão grande amontoado de factos erróneos.
Impressiona a quantidade de pessoas, que pelos comentários, parecem estar agarradas ao "tacho" e dele dependem como do ar para viver. É questão de cidadania exigir investigações sobre algo que nos diz respeito tão profundamente: Houve clientelismo?; falsificação de documentos?; Quem são os envolvidos nestas falcatruas que degrinem o Ensino Superior e o País? Se não devem, porque temem as investigações?
Não é seja importante que este Senhor tenha ou não diploma. O que é gritante é o estado de mentira, de corrupçao, de lama, de favores, de tudo o que é ignóbil a que chegaram os politicos. Tenham vergonha na cara, pois só os cegos de raciocinio, os apaniguados e os mentirosos como vocês, acreditam naquilo que dizem, tanto tem sido a monstruosidade de mentiras deste governo. Metem me nojo.
Para quem aparentava tanto rigor, quem usava e abusava em responder na AR a deputados da oposição que não tinham qualquer moral para afirmar isto ou aquilo, não admitir certas afirmações, usar titulos academicos que não possuia, como se pode classificar esta atitude! Não fiquei com duvidas dos titulos ontem enunciados pelo sr. PM mas que esta trapalhada não foi bonita, lá isso não foi.
Se ainda tinha dúvidas,fiquei esclarecido. O Sr.Sócrates mentiu. Como se pode esquecer de ter efectuado dois registos na AR uma com rasuras.Os documentos que apresentou foi de longe sem qualquer controlo.O Povo viu de perto algum daqueles documentos autenticados?Eu não vi.Papelada daquela em qualquer tipografia pode ser feita.Continuo a afirmar que o Sr.Sócrates enganou o País quanto às habilitações.
Passou um atestado de burriçe aos portugueses, onde, alguns se já eram, ficaram ainda mais mansos.A desculpa da mudança por causa do pós-laboral está de gritos tal como a do certificado das cadeiras do ISEL. Quero saber quantos Sócrates destes andamos a sustentar e que "isto" vá até às últimas consequências!
Convenceu-me que é mentiroso, e continúa a mentir descaradamente. O seu percurso académico é só coincidências onde a culpa nunca é dele. Os seus lapsos de memória são preocupantes, a entrevista foi bem estudada e "bem" conduzida, devia ter sido "espicaçado, apertado". Tem recibos com 11 anos mas não se lembra dos nomes dos profs...É o engenheiro da mentira e lembro-me da frase "Com o PS não se brinca".
E foram precisas 2 semanas para dizer isto. Pois, pois... engana-me que eu gosto. Mas sera que estes chicos espertos (politicos) ainda nao viram que nem todos os portugueses sao estupidos.
Sou de esquerda e fiquei chocada com a mudança de posição do Dr. Francisco Louçã face ao caso. Há 3 dias atrás queria uma investigação até às últimas consequências. Após o "espectáculo" de 4ª feira diz estar satisfeito. Só faltava que tivesse recebido "contrapartidas" do Sócrates para esta calado perante o que é óbvio. Que desilusão de país!
Depois de Gago fechar a Independente ontem Sócrates falou à Nação sobre as tropelias em torno do seu curriculum e tentou explicar o inexplicavel.
Com diz hoje o cronista online o primeiro-ministro usou a faculdade como bode expiatório. Mas todos os Portugueses gostavam de saber se as questões abaixo postas são ou não são factos incontornáveis?
1- Em 1996 a Independente não licenciava engenheiros
2- Em 1996 não tinha conselho cientifico
3- O mesmo professor fez-lhe quatro cadeiras
4- O reitor fez-lhe o exame de inglês técnico
5- A filha do reitor assinou o canudo a um domingo
6- Os colegas não o viram nunca nas aulas. Só nos exames. Entrava, ficava a um canto e saía antes do fim.
7- O professor que lhe deu quatro cadeiras acabou no governo, era amigo de Vara ( que também se doutorou por lá num esquema semelhante) e acabou expulso do governo depois de ter nomeado uma empregada brasileira do restaurante Bacalhau para alta responsável), é ver no expresso de ontem.
8-Sócrates usava papel timbrado do governo para comunicar com o reitor
9-Um MBA aparentemente tirado numa Univ Brasileira quando se sabe que equivalencia de Universidades Brasileiras são quase impossiveis de serem reconhecidas na UE
E as embrulhadas não acabam ...
Para quem defende o rigor, a qualidade do ensino, a excelência, a competência na função pública, para quem quer um país moderno, culto e capaz não me parece grande curriculum, nem atitude recomendável.
Estes moralistas acabam sempre por revelar a sua verdadeira face.
Mesmo que o curriculum seja verdadeiro, e eu nem duvido, o que me parece evidente é que foi tudo saído na Farinha Amparo, sem esforço, sem rigor, sem qualidade. Simplex meus caros !!!
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