quarta-feira, maio 30, 2007

Irá o rei nu na TAP?

"A contestação à gestão da TAP tem vindo a subir de tom nos últimos tempos. O director geral da easyJet é apenas mais um dos que denunciam “maquilhagens” nas contas da transportadora aérea nacional. Com efeito, depois de ter sido referido, certamente por fontes próximas da administração, que os resultados de 2006 seriam negativos, Fernando Pinto acabou por anunciar sete milhões de euros de lucros. A justificação para aquele resultado parecia ser uma factura do último dia do ano que a Groundforce acabaria por contestar, deixando a ideia que, afinal, os verdadeiros resultados da TAP em 2006 serão mesmo negativos.

Aliás o folhetim que opõe a administração de Fernando Pinto ao presidente da Groundfource tem feito correr muita tinta. A TAP queixa-se e ao que parece com razão dos serviços da empresa de handling que lhe presta serviços, mas esquece-se que foi a essa mesma empresa que vendeu o handling, ao que parece para poder obter resultados positivos no ano da sua alienação. Especialistas do sector garantem que são poucas as companhias de bandeira que não têm a sua própria empresa de handling, para não estarem, em termos de qualidade de serviço aos passageiros, nas mãos de terceiros.

Fernando Pinto e a sua equipa têm, de facto, feito verdadeiros malabarismos contabilísticos para mostrar contas equilibradas na companhia. Também se valeram do seu charme natural e de algumas cedências – há quem diga que nalguns casos houve grandes cedências aos pilotos e ao pessoal de cabina – para pacificarem o ambiente laboral na companhia. E conseguiram, honra lhes seja feita, tornar a TAP numa empresa que deixou de andar nas bocas do mundo pelas más razões.

Nem a queda do único avião da Air São Tomé, que afinal era um Twin Otter da TAP, com manutenção feita pela companhia portuguesa, beliscou a imagem da empresa. O aparelho, com capacidade para 21 pessoas, caiu, há um ano, no mar de São Tomé com quatro pessoas a bordo. Por isso, o mérito pela construção de uma imagem positiva da TAP tem de ser atribuído a Fernando Pinto e à sua equipa.

O mesmo não se pode, porém, dizer dos resultados empresariais. É que, diz o presidente da euroAtlantic, uma empresa como a TAP, que factura cerca de 1,6 mil milhões de euros, devia ter entre 3% e 6% de lucros, ou seja entre 50 e 100 milhões de euros. E vai mais longe ao dar como exemplo os mais de 250 milhões de euros de lucro da GOL brasileira, uma companhia com seis anos, tantos como os que a equipa de Fernando Pinto está à frente da TAP, e com uma dimensão comparável à da TAP. Enfim, talvez seja a altura para verificar se, afinal, na TAP, o rei vai mesmo nu.
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Francisco Ferreira da Silva

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Em 1997 e 1998 a TAP apresentou lucros de 15 e seis milhões de euros. Em 2006 foram apenas de sete milhões, e com recurso à emissão de 8,5 milhões de facturas fictícias contestadas em tribunal pela GroundForce. Parece-me que hoje as contas estão ainda mais caóticas e as compras de aviões são ainda mais suspeitas do que nesse tempo. Em breve teremos notícias pouco dignificantes sobre este assunto. Pena que os Tugas acreditem em tudo o que lhes enfiam pelos olhos dentro.

quarta-feira, maio 30, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Nem todos os Tugas acreditam em tudo. A falência da TAP não tardará a acontecer.Toda a gente ligada à companhia sabe isso. Faz lembrar aquela do "rei vai nú"!!!

quarta-feira, maio 30, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Tanta gente ansiosa pela falencia da TAP... se tal acontecer, a ver pelos comentarios, vai ser motivo de festa....

quarta-feira, maio 30, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Parece que estes comentários incomodam o anónimo, e os seus patrões. É que ao contrario do Brasil, em Portugal podemos falar ( ainda) e as pessoas gostam de saber a verdade. O que toda a gente quer, pelo menos eu penso assim é que a TAp seja uma empresa sólida e não um lamaçal. Quando a notícia do Furikwara refere 10.5 milhões de lucros em 2004, esta verba incluia 30 milhões euros resultantes da venda de 50,1% do handling da TAPá Globália, porque senão o prejuízo, anunciado pelo CG seria de 20 milhões aproximadamente.E para a assumpção dos referidos 45 milhões de prejuízo, referia a notícia, a que também tive acesso pois saiu no Diário Económico, as operações de financiamento, em particular sob a forma de leasing, e expressas em dollares, gerarão em 2005 um custo financeiro de 39,2 milhões de euros, que o CG da TAp, muito habilidosamente escamoteou, mas que a Parpública não foi na conversa. Como vê são tudo notícias do Diário Económico. A verdade pode ser muito incómoda, mas os contribuintes tênm direito á verdade, pois são eles que pagam, e as ultimas contas da TAP nem são auditadas, mas vamos aguardar por junho para ver se ouvimos uma palavra da Parpublica quanto ás contas de 2006, que são muito duvidosas são. Depois de ter anunciado um prejuízo de 60 milhões de euros no primeiro semestre de 2006 e depois de ter afirmado que os meses de Novembro e Dezembro tinham sido maus devido á greve (?) dos pilotos e depois de ter anunciado um gasto extra-orçamento de mais 80 milhões com o custo dos combustíveis, milagrosamente este CG apresentou lucros de 7 milhões, ainda assim abaixo dos 16 milhões prespectivados pelo programa de objectivos assinado com o Mario Lino. Entõa não existem aqui muitos motivos para desconfiança ??? Ou você também acha que a margem sul de Lisboa é um deserto ?

quarta-feira, maio 30, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro sr XY (que tb nao sabemos quem e') Aprecio bastante o seu comentario, porque e' sobretudo factual e nem sequer vou contestar. a situacao em termos de resultados liquidos ainda nao de todo convicente e reconheco isso. O aspecto positivo e' que as vendas crescem peloque o grande trabalho a fazer e' na estrutura de custos, na PRODUTIVIDADE e eficiencia. So para balancear um pouco as coias ha que ter em conta que o mercado de aviacao sofreu muito com 9/11, a epidemia da SARS, a revolucao (positiva) com o surgimento das low cost, o custo do petroleo etc. Mais a TAP esteve durante muito tempo sem pertencer a uma alianca. No entanto, acho que e' altura da administracao olhar para dentro e eliminar as gorduras e compadrios que existem. O mesmo deveria acontecer na Groundforce. Do seu comentario ha um aspecto que nao sei se entendi,. As contas de 2006 nao foram auditadas???? Quanto ao aeroporto, na minha opiniao necessitamos de um aeroporto urgentemente e para mim a localizacao deveria ser Rio Frio. So para terminar, sobre quem sou, sou passageiro frequente da TAP e de outras companhias areas europeias, pois viajo todas as semanas dai por vezes ser critico aos comentarios baratos que o servico e' mau, o site nao funciona etc. etc.

quarta-feira, maio 30, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O Sr. Bruggiser, CEO da Swissair, também foi presidente da IATA. O Sr. Pinto foi aliás seu adjunto nesse organismo decrépito. Infelizmente, a Swissair faliu pouco tempo depois da saída da IATA do suiço em consequência dos seus desvarios da sua incompetência, cujos efeitos ainda hoje também são notórios na TAP. E ao que tudo indica, a TAP segue o mesmo plano de voo da Swissair e da Varig sob o comando do astucioso "adjunto" Pinto.

quarta-feira, maio 30, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Sendo que os voos de low cost tiveram em Portugal, um aumento de 60% no 1º trimestre deste ano comparativamente ao nr de voos total do ano anterior, podemos logicamente fazer as ilaçoes mais positivas em relaçao ao futuro dos passageiros no que diz respeito a sua possibilidade de escolha e é essencialmente disse q se trata, pois quem quiser continuar a pagar os preços praticados pela Tap, faça disso bom proveito, ou melhor boa viagem. Prefiro viajar 3 vezes numa low cost com condiçoes pouco melhores ou mm identicas a Tap, do que apenas uma vez nesta companhia, pois é o correspondente ao preço praticado por ela, 3 vezes mais q as low cost. Posso a titulo de curiosidade dizer que vou esta 5f para Milao e que so as taxas praticadas pela Tap (99€) foram o preço total do meu bilhete (ida e volta c/taxas) pela Easyjet. Viagem e cultivem-se...é o conselho que vos dou. ;)

quarta-feira, maio 30, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Pode gastar dinheiro em tribunais a TAP? tempo para isso? bem visto o que cobra por o serviço presta, não é de estranhar que haja dinheiro para votar pela janela fora. Mais valia gastar tanta energia para conseguir uma aliança digna do que passa com a IBERIA e a BRITISH AIRWAYS, visto que falho a compra da VARIG. Ja nao temos um operador de telecomunicçoes de nivel international, nao temos banco nem de nivél iberico e agora também nao precisamos de companhia aeria portuguesa. Pena os ditos empresarios em portugal gastarem anto tempo em polemicas em vez de trabalhar!!! nem no terço mundo se vé tanto embiramento "à la portugaise", açoes esterilas sem senso nenhum, mas estou vendo que parece ser desporto nacional depois do futebol, sabendo-se que Futebol em portugal quer dizer POLEMICAS !! nao o jogo que se joga em Espanha, Italia ou Inglaterra por exemplo.

quarta-feira, maio 30, 2007  
Blogger É FARTAR, VILANAGEM said...

Sou um dos que, desde o 1º dia da entrada na TAP, desconfiou desta equipa. Lembro-me bem de que foi a Gestão que levou a SWISSAIR à falência que indicou estes brasileiros para a Comissão executiva da TAP, no tempo em que a empresa suíça tinha na Direcção de Planeamento um suíço muito simpático, mas imberbe, que de aviação nada percebia e que se rodeou de "yes-men" que não levantavam problemas.
Essa política foi mantida ao mais alto nível pelos "brazucas" que enxotaram quem lhes conhecia o esquema e que lhes podia criar diculdades,, mantendo uma dúzia de "gente" que nunca os deixará ficar mal até porque as suas qualidades profissionais são muito limitadas.
Mais tarde ou mais cedo a verdade virá ao de cima mas, para mal dos pecados dos portugueses, a equipa do Pinto, do Torres, do Conolly e do Môr, armadilharam de tal modo a empresa que haverá muita dificuldade em arranjar substitutos já que não é o caso de substituir um Presidente ou um Director-Geral, é uma equipa completa que domina todas as áreas. Estou à vontade para dizer isto e faço votos para que não seja o princípio do fim da empresa de bandeira, mas com o ministro dos desertos a sul do Tejo, será ainda mais difícil evitar o colapso. Bem fez o Cravinho, ministro que aceitou a imposição dos suíços, que não se recandidatou ao lugar, gozando um merecido descanso num organismo supra-nacional!

quinta-feira, maio 31, 2007  

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