SÓCRATES
Já todos percebemos que a licenciatura do PM foi uma licenciatura tirada na Farinha Amparo.
A questão não é essa, porque para se ser eleito para deputado ou para PR não são necessárias habilitações académicas.
O que acontece é que quem exige rigor e seriedade ao outros, se desleixou e tentou pressionar jornais e jornalistas para esconder uma verdade inconveniente. Para quem andou a mentir durante a campanha eleitoral, não fica bem essa atitude.
Não serve de desculpa não cumprir o que se prometeu, e praticar o que não se prometeu.
Um partido que pretende chegar ao poder tem toda a obrigação de ter gabinetes de estudos que acompanhem a real situação do país, e por isso não pode chegar ao Governo como Durão em 2002 e Sócrates em 2005 e argumentar que não conhecia a real situação do país.
O Governo e o PS amestrado de Sócrates estão a levar a cabo a política mais neo-liberal alguma vez vista em Portugal antes e depois da democracia instaurada em 1974, o que alias é responsável pelas dificuldades políticas que os partidos à sua "direita" têm sentido no discurso.
O que é estranho vindo de um partido dito "socialista", já que pelo menos Cavaco nos anos 80 ou Durão em 2001 não se apresentaram como "socialistas" ao eleitorado, e no entanto nunca foram tão longe na ofensiva contra quem trabalha por conta de outrem.
Coragem não é bater nos mais fracos, é fazer avançar o país na senda da modernização.
Não acho mal que o Governo se preocupe com a educação e formação, mas acho estranho que depois retire às universidades verbas para formar quadros superiores e investigadores, e isto é só um exemplo.
Sócrates mentiu e continua a mentir.
Corre-se o risco de dentro de 2 ou 3 anos estarmos com as finanças equilibradas, mas com o país exangue e sem forças económicas, tal como no tempo do salazarismo.
Como no tempo do rotativismo parlamentar dos estertores da Monarquia Constitucional, a democracia está de rastos.
Os portugueses desacreditam. E afastam-se.
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