Júdice e a direita.

"José Miguel Júdice, mandatário da campanha de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa para gerir o processo de revitalização da zona ribeirinha da cidade, defendeu esta sexta-feira a fusão entre o PSD e o CDS devido ao fracasso dos projectos partidários da direita."

Parece que vamos ter um Júdice muito intervencionista. Talvez mais do que o necessário. Quanto à questão que levantou, esta deve ser enquadrada num plano geral de imobilismo pessoal no espectro partidário. Portugal é um país que envelhecido pelo que são as mesmas pessoas desde há mais de 30 anos quer nos partidos, quer nos sindicatos, quer nas associações e, como tal, caminha para uma gerontocracia à italiana, onde a idade média dos deputados é de cerca de 60 anos. Tal desmotiva o eleitorado. Brevemente o PSD vai ocupar o poder mal as sondagens mostrem o declínio de Sócrates.

Está na hora de a geração de Abril arrumar as botas e dar lugar aos mais novos (se ainda houver quem queira). O país carece de rejuvenescimento político e social urgente. Os partidos necessitam de sangue novo que respeite a ética e a transparência e trabalhe em prol do país e não do partido. Nesse campo os abstencionistas poderiam proporcionar surpresas positivas pois também não estão engajados em corporações e condicionados pelo poder financeiro.