O HOMEM DA NOITE
"A grande figura das "intercalares" de Lisboa mede um 1,60 m e não se candidatou. Ninguém falou seriamente na derrota "de" Fernando Negrão, um homem simpático e politicamente nulo.
Não houve euforias com a dúbia vitória "moral" de Carmona Rodrigues, a quem só os ingénuos poderiam garantir um futuro glorioso. Para efeitos práticos, Negrão e Carmona não existem. Sob diversos pontos de vista, alguns ontem presentes nas televisões, o perdedor e protagonista da noite chama-se Marques Mendes.
Porquê? Porque escolheu o executivo que submeteu a Câmara a uma situação dita insustentável. Porque retirou confiança ao executivo que submeteu a Câmara a uma situação dita insustentável. Porque "devolveu a voz" aos lisboetas. Porque não soube explicar-lhes a "traição" a Carmona. Porque sujeitou o PSD a uma votação humilhante. Sobretudo, porque sim. Os argumentos variam e não são demasiado coerentes.
O facto é que Marques Mendes saiu vencido de uma situação que ele mesmo ajudou a criar. E cujos resultados, para entusiasmo daqueles que se imagina, dificilmente seriam diferentes. Nunca um partido celebrou tanto tamanho revés.
Uma palavra para o CDS. Como os seus dirigentes costumam dizer, o CDS está habituado a más sondagens, más projecções e, o que não reconhecem tão facilmente, péssimos resultados. O anunciado - e falhadíssimo - teste à liderança de Paulo Portas foi das raras calamidades difíceis de imputar a Marques Mendes.
Mas com consolações assim o presidente do PSD não vai longe. Uma parte do PSD, talvez a maior, em breve fará tudo para que não vá até 2009. As "intercalares" foram o pretexto que faltava, se é que faltava."
Alberto Gonçalves
Não houve euforias com a dúbia vitória "moral" de Carmona Rodrigues, a quem só os ingénuos poderiam garantir um futuro glorioso. Para efeitos práticos, Negrão e Carmona não existem. Sob diversos pontos de vista, alguns ontem presentes nas televisões, o perdedor e protagonista da noite chama-se Marques Mendes.
Porquê? Porque escolheu o executivo que submeteu a Câmara a uma situação dita insustentável. Porque retirou confiança ao executivo que submeteu a Câmara a uma situação dita insustentável. Porque "devolveu a voz" aos lisboetas. Porque não soube explicar-lhes a "traição" a Carmona. Porque sujeitou o PSD a uma votação humilhante. Sobretudo, porque sim. Os argumentos variam e não são demasiado coerentes.
O facto é que Marques Mendes saiu vencido de uma situação que ele mesmo ajudou a criar. E cujos resultados, para entusiasmo daqueles que se imagina, dificilmente seriam diferentes. Nunca um partido celebrou tanto tamanho revés.
Uma palavra para o CDS. Como os seus dirigentes costumam dizer, o CDS está habituado a más sondagens, más projecções e, o que não reconhecem tão facilmente, péssimos resultados. O anunciado - e falhadíssimo - teste à liderança de Paulo Portas foi das raras calamidades difíceis de imputar a Marques Mendes.
Mas com consolações assim o presidente do PSD não vai longe. Uma parte do PSD, talvez a maior, em breve fará tudo para que não vá até 2009. As "intercalares" foram o pretexto que faltava, se é que faltava."
Alberto Gonçalves
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