sábado, julho 21, 2007

A. P. L. - Palco de Irregularidades

A Administração do Porto de Lisboa (APL) gasta 829 mil euros com carros para administradores, directores e chefes de divisão, numa frota renovada de três em três anos. As conclusões são do Tribunal de Contas (TC) que ontem divulgou os resultados de uma auditoria feita no passado mês de Janeiro.

O documento refere que estes membros da APL recebem ainda um plafond trimestral para combustíveis, estacionamento e portagens.

Ao mesmo tempo, os custos com pessoal, que em 2006 atingiram os 18,6 milhões de euros, ou seja, 39% das receitas, foram considerados “excessivos”, obrigando a empresa a “recorrer sistematicamente ao endividamento”.

Isto numa empresa já “fortemente endividada” e palco de várias irregularidades.

Entre os principais problemas referidos no relatório, está o facto de a APL “não publicar a lista de adjudicações de obras públicas levadas a cabo pela empresa”, o que, além de ilegal, “não garante o cumprimento do princípio de transparência”. Acresce que esta empresa pública “recorre com frequência ao ajuste directo para adjudicação de fornecimento de bens e serviços”.

O TC que em Dezembro de 2006, as dívidas a médio e longo prazo da APL ascendiam a 22,9 milhões de euros, enquanto que a curto prazo atingiam os 34,3 milhões de euros. Dos clientes, a APL tem a receber, no total, 18 milhões de euros.

A Administração do Porto de Lisboa foi alvo de uma auditoria, realizada pelo Tribunal de Contas, onde ficou concluído que esta empresa foi palco de várias irregularidades.

Correio da Manhã

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Com a saída massiva de pessoal, na sequência do processo de concessão de serviço público das suas principais áreas de negócio (terminais), a APL deveria ter reduzido drasticamente a sua estrutura e estabilizado o seu quadro de pessoal. O que aconteceu, porém, foi o contrário: a empresa tem hoje um organograma megalómano (basta ver o respectivo site), totalmente desproporcionado para a sua realidade, com um quadro de departamentos (e de chefias)tecnicamente insustentável em termos de adequada solução organizacional. Tal situação explica, em grande medida, as consequências referenciadas pelo TC em termos de custos com pessoal. De facto, a empresa regista hoje um número de directores muito superior ao que existia há um par de anos atrás, quando tinha a seu cargo a gestão de todos os terminais de carga e um complexo de oficinas e serviços marítimos que envolviam centenas de trabalhadores. Estas auditorias ressuscitam a velha questão da qualidade da gestão pública e, sobretudo, da responsabilidade dos respectivos protagonistas.

sábado, julho 21, 2007  

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