Média
"Conhecidos os primeiros aumentos de preços do ano fica a dúvida: o que irá custar tão mais barato ou ter mesmo custo negativo, para que a média da inflação cumpra a previsão de 2,1 por cento?
A previsão da inflação é uma ficção à qual os governos se dedicam com conhecida inabilidade. Há dois casos excepcionais, dos ministros Sousa Franco, em 1997, e Manuela Ferreira Leite, em 2004, cujas previsões para a inflação vieram a bater certo com a realidade. De resto, as previsões batem ao lado e qualquer vaga semelhança com a realidade é pura coincidência. Porém, apesar da comprovada falibilidade das previsões governamentais, é com base nessa fantasia que se perspectivam os aumentos salariais. Digamos mesmo que as previsões são produzidas num simulador para criar uma realidade artificial dentro de cujos limites se contêm os aumentos salariais. Portugal é um país pequenino e tacanho onde continua a cultivar-se o ideal da pobreza como virtude. E, assim, criando uma paisagem artificiosa para a inflação, fixa-se um cenário para os aumentos salariais: poucochinho porque a riqueza não traz a felicidade, como se ensina em Portugal desde a cartilha salazarenta.
Nem um só aumento de preço de produto ou serviço até agora anunciado em Portugal se situa abaixo dos 2,1 por cento que vão aumentar os salários e pensões do Estado, base de referência para as remunerações privadas: dos 4 por cento dos transportes aos 30 por cento do pão, dos 4 por cento das taxas moderadoras das urgências aos 12 por cento do leite, dos 9 por cento das cervejas e refrigerantes aos 10 por cento do tabaco, tudo sobe mais que média da inflação prevista. O que fará então baixar a média? Será o grau zero da credibilidade? "
João Paulo Guerra
A previsão da inflação é uma ficção à qual os governos se dedicam com conhecida inabilidade. Há dois casos excepcionais, dos ministros Sousa Franco, em 1997, e Manuela Ferreira Leite, em 2004, cujas previsões para a inflação vieram a bater certo com a realidade. De resto, as previsões batem ao lado e qualquer vaga semelhança com a realidade é pura coincidência. Porém, apesar da comprovada falibilidade das previsões governamentais, é com base nessa fantasia que se perspectivam os aumentos salariais. Digamos mesmo que as previsões são produzidas num simulador para criar uma realidade artificial dentro de cujos limites se contêm os aumentos salariais. Portugal é um país pequenino e tacanho onde continua a cultivar-se o ideal da pobreza como virtude. E, assim, criando uma paisagem artificiosa para a inflação, fixa-se um cenário para os aumentos salariais: poucochinho porque a riqueza não traz a felicidade, como se ensina em Portugal desde a cartilha salazarenta.
Nem um só aumento de preço de produto ou serviço até agora anunciado em Portugal se situa abaixo dos 2,1 por cento que vão aumentar os salários e pensões do Estado, base de referência para as remunerações privadas: dos 4 por cento dos transportes aos 30 por cento do pão, dos 4 por cento das taxas moderadoras das urgências aos 12 por cento do leite, dos 9 por cento das cervejas e refrigerantes aos 10 por cento do tabaco, tudo sobe mais que média da inflação prevista. O que fará então baixar a média? Será o grau zero da credibilidade? "
João Paulo Guerra
4 Comments:
Quer-me parecer que a cartilha salazarenta parece-se com um menino de coro ao pé da cartilha socrática. É um facto que o discurso do miserabilismo continua, mas se na época do estado novo tinha como objectivo a unidade nacional, hoje tem como objectivo a unidade empresarial. O objectivo é claro, as medidas neo-liberais que se propagam com um rastilho pretendem destituir os governos das suas funções e subjugar as nações aos interesses económicos das multinacionais. As populações são apenas peões destinados a produzir a baixo preço e consumir ao mais alto preço. É triste quando nos apercebemos que os ideais da democracia já se perderam, os direitos sociais adquiridos com muita luta ao longo de muitos anos já lá vão, e enquanto a ganância das multinacionais vai escravizando os trabalhadores, tudo em nome de uns "misteriosos" accionistas, vamos assistindo ao nascimento de um neo-feudalismo.
A cartilha salazarenta tinha um crescimento ao ano de 8%, com uma guerra e com todo o mundo, quer dizer com os Estados Unidos e a Rússia com cartilhas diferentes e osmesmos objectivos.
A cartilha salazarenta tinha, uma indústria com grupos de indústria onde por exemplo na CUF as mães tinham crache para as crianças, na fábrica e por exemplo a multinacional do velho e ainda felizmente vivo Senhor Sebastião, a Atral Cpan tinha também creche que hoje não conheço uma privada paga que tenha as qualidades daquela.
A cartilha salazarenta tinha um sector de pescas sem medo dos espanhóis e uma marinha sem medo deles.
A cartilha salazarenta tinha uma marina mercante a sério.
A cartilha salazarenta tinha um sistema de ensino melhor 1000 vezes do que o que hoje não existe. A cartilha salazarenta que queria anlafabetos fez 54 000 escolas primárias que são usadas hoje pelos democratas.
A cartilha salazarenta tinha estaleiros navais em Viana, em Setúbal, em Almada, na Figueira da Foz , no Algarve.
A cartilha de Slazar era um país a sério e foram afastados e bem, os bombistas e assassinos da I República e os que queriam que assim continuassemos, a mando dos internacionalistas a mando de Moscovo, com os bufos do PCP a trabalhar para a PIDE quando lhes interessava.
Por causa das colónias depois províncias ultramarinas entraram agrilhodos na 1ª guerra mundial muitos soldados que morreram em França, por incompetência e desprezo de gente mesquinha do regime de então, e o número de mortos e estropiados e gaseados foi muito superior aos da guerra dos ultramar, onde a grande maioria não morreu em combate.
A velha ladaínha dos que foram para o Aljube , Peniche pouco me comove, afinal revelaram-se os que então sairam uns ladrões de direito comum, chamdos de antifascistas, salvo muito poucas honrosas excepções decerto, só que não me lembro de nenhum.
A cartilha de Sócrates e de Cavaco é apenas o poder para servir os patrões da plutocracia.
Cavaco entra no jogo porque quer ser reeleito, mas afinal faz parte da má moeda e já o demonstrou com o oásis e o tabu.
Fala, mas não diz nada, mantém o enigma, como convém aos sonsos.
É um sonso, como se diz na terra dele.
O sr Pinto de sousa é apenas mentiroso compulsivo e gosta de ajoelhar.
Espanto! Exemplo, o pão poderá aumentar cercade 30%. Podemos concluir que os aumentos salariais na panificação serão dos mais altos ... claro que não. Relembro que os produtores de farinhas foram multados em 3 ou 5 MILHÔES de euros em 2006 em por CARTELIZAÇÂO nos preços. Sugiro que nos aeroportos e portos de mar e rio sejam afixados cartazes em 3 idiomas pelo menos com a seguinte info - #Benvindo a Port Royal, agora na Com Eur#. Para quem não saiba Port Royal, Jamaica, era o porto onde se juntavam os corsários para dividerem os despojos resultantes das suas "idóneas" campanhas na descoberta de novos horizontes ... por cá teremos uns "rapazinhos" que não envergonhariam mesmo nada aquela "classe profissional"!
A inflação que serve de argumento para a conversa do governo, é prevista em Agosto.Nos próximos meses nada será alterado porque os números são provisórios.Em Abril ,espera-se que o dr Constancio venha com novas previsões.Ó JPG, se você não percebe estas coisas nunca poderá ser ministro das Finanças..
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