O oásis por decreto, veste Armani
De repente, foi decretado o oásis.
A crise, que existia e as dificuldades anunciadas no fim do ano passado, de repente, como por milagre dos deuses desapareceu.
A crise, que existia e as dificuldades anunciadas no fim do ano passado, de repente, como por milagre dos deuses desapareceu.
O défice, afinal já não é um, é outro.
Pasme-se que a democracia em termos de impostos, é definida pelo igualitarismo de todos perante os mesmos, (impostos).
Ou seja, esta pérola:
O IVA é um imposto democrático, o mais democrático de todos, porque ricos e pobres pagam o mesmo.
Já o IRS e o IRC são menos democráticos, porque uns pagam, outros pagam conforme comem ou não á mão, digamos que é como o cachorro de Pavlov: saliva se vê o alimento quando a campainha toca, até que saliva apenas se a campainha toca, só que a comidinha nem vê-la.
O pai do Oásis de férias em Moçambique sabe do que se fala, afinal foi o homem do leme, como o homem do leme e o Adamastor nos Lusíadas, mas numa versão muito rasca, muito possolo.
Decretou-se então, que a censura ou o exame prévio, exercido pelo poder dos que nada produzem no sítio, os donos dos bancos, através dos seus testas de ferro, mandaram o ajudante do homem do leme dizer ao imenso rebanho, que pronto, estejam sossegados, durmam o sono dos justos, porque já afastei o papão do Campos e coloquei lá uma senhora que fala suave, tão suave que perde a voz, mas que continua a política de Campos e dos acólitos made in PC, reciclados na ex URSS e que tornaram o MS, uma experiência estalinista de que em breve se verão os resultados.
O pobre do ministro da economia, mandaram-no calar, porque o desastre é como o mau hálito e o remédio é fechar a boca e respirar pelo nariz.
O homem dos sapos vivos, da Ota, de Alcochete, do TGV, da linha do oeste substituída pelas novas auto estradas agrada aos autarcas que lampeiros esfregam as mãos, à espera do euromilhões que vão ganhar sem jogar.
As entidades reguladoras fazem o seu jogo, recebem as prebendas em cada mês que passa, sem excepção.
Entretanto a hora irá mudar, para que rebanho quando começa a recuperar da longa depressão se desregule novamente, porque é preciso que as empresas de energia ganhem mais uns cobres, a indústria farmacêutica agradece e o tumulto estará longe, porque os carneiros mochos ficarão sem vontade de marrar, tal a baixa da melatonina e as alterações da serotonina no cérebro ( vão ver o que são, cultivem-se…) e o desregular de hábitos imposto é uma judiaria, no mínimo de mau gosto; ( judiar: termo muito usado no Brasil e que devemos utilizar, a favor do democrático acordo da língua…).
Colocados estes considerandos, não abandonem os antidepressivos, porque vão precisar deles, durante a Primavera, quando ela estiver no auge e vão gozando este Carnaval, sem cinzas, inventado pelos fazedores de contas e de calotes.
Decretou-se então que este país a partir desta Primavera e até à eleições, vai ser um oásis, daqueles com tâmaras e tudo, mas tenham, cautela com os caroços ou com as tâmaras ainda não maduras, esperem até Outubro, aí vai ser o esplendor e quem vier depois que apague a luz.
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