Fragilidades
"O regresso de Jorge Ribeiro ao Benfica vinha sendo anunciado na imprensa da especialidade, ao mesmo tempo que iam sendo lançados ao vento inúmeros nomes de treinadores para o clube da águia.
Quer dizer: o processo de contratação do treinador ainda não tinha a mais pequena garantia de sucesso e o plantel começava a ser construído.
Foram oito épocas em que “o irmão de Maniche” não conseguiu grande destaque, a não ser quando se tornou óbvio que a falta de um esquerdino na Selecção Nacional obrigava a uma prospecção a um nível mediano em termos de qualidade.
Este regresso anunciado à Luz prova que o Benfica, a viver um momento em que necessitaria de maior recato, não consegue estagnar a “hemorragia de notícias”, nem quando a situação conjuntural o aconselharia. Mais: dá a sensação que este Benfica não sobrevive sem uma “certa imprensa” como essa “certa imprensa” não sobrevive sem o Benfica.
Não tenhamos a mais pequena dúvida: o processo de contratação de Jorge Ribeiro e o facto de se ter revelado, agora, que o jogador se ligou contratualmente aos encarnados na semana a seguir ao jogo do Bessa, no qual falhou uma grande penalidade, vão marcar o jogador para o resto da sua carreira.
Acresce que, para além destas duvidosas convivências, e não obstante o bom princípio de se optar pela contratação de jogadores portugueses em vez de insistir na compra de todo o tipo de “soluções de ocasião” no “bairro de lata” sul-americano, não é bom sinal confrontar o novo treinador com jogadores recém-contratados, o que significa o Benfica estar a perder a excelente oportunidade de reconstruir o “edifício do futebol” com cabeça, tronco e membros.
Significa, também, que o Benfica ainda não achou a solução para o comando técnico e isso encerra o perigo de a opção poder recair numa figura de segunda linha, pronto a aceitar o prato que lhe for servido, cujo mecanismo representa uma das razões por que o Benfica não consegue desenhar uma linha de estabilidade. O treinador não pode ser, já à partida, o elo mais fraco."
Rui Santos
Quer dizer: o processo de contratação do treinador ainda não tinha a mais pequena garantia de sucesso e o plantel começava a ser construído.
Foram oito épocas em que “o irmão de Maniche” não conseguiu grande destaque, a não ser quando se tornou óbvio que a falta de um esquerdino na Selecção Nacional obrigava a uma prospecção a um nível mediano em termos de qualidade.
Este regresso anunciado à Luz prova que o Benfica, a viver um momento em que necessitaria de maior recato, não consegue estagnar a “hemorragia de notícias”, nem quando a situação conjuntural o aconselharia. Mais: dá a sensação que este Benfica não sobrevive sem uma “certa imprensa” como essa “certa imprensa” não sobrevive sem o Benfica.
Não tenhamos a mais pequena dúvida: o processo de contratação de Jorge Ribeiro e o facto de se ter revelado, agora, que o jogador se ligou contratualmente aos encarnados na semana a seguir ao jogo do Bessa, no qual falhou uma grande penalidade, vão marcar o jogador para o resto da sua carreira.
Acresce que, para além destas duvidosas convivências, e não obstante o bom princípio de se optar pela contratação de jogadores portugueses em vez de insistir na compra de todo o tipo de “soluções de ocasião” no “bairro de lata” sul-americano, não é bom sinal confrontar o novo treinador com jogadores recém-contratados, o que significa o Benfica estar a perder a excelente oportunidade de reconstruir o “edifício do futebol” com cabeça, tronco e membros.
Significa, também, que o Benfica ainda não achou a solução para o comando técnico e isso encerra o perigo de a opção poder recair numa figura de segunda linha, pronto a aceitar o prato que lhe for servido, cujo mecanismo representa uma das razões por que o Benfica não consegue desenhar uma linha de estabilidade. O treinador não pode ser, já à partida, o elo mais fraco."
Rui Santos
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