O SEXO ÀS VEZES FRÁGIL
"A luta contra a barbárie não conhece tréguas. Em S. João da Madeira, um centro comercial (da Sonae) criou quatro lugares de estacionamento só para mulheres, isto é, pintados a cor-de-rosa e dotados de uma área superior aos restantes. Por sorte, o Bloco de Esquerda não pactua com a discriminação violenta e apresentou uma queixa à Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), sob o pretexto de que este "tipo de atitudes (...) apenas reforça e perpetua estereótipos de género que se revelam negativos para as mulheres, e atrasam o direito à igualdade de género".
O género de vida que os activistas do género levam não lhes permite serem estilistas da língua, mas a tese vingou: a CIG subscreveu a queixa do BE e acrescentou que a grotesca ideia dos lugares femininos sugere que "as mulheres são menos capazes, também a conduzir e a estacionar (...) subalternizando-se desta forma as mulheres e as suas capacidades e interesses". Um nojo, em suma, felizmente travado a tempo: os responsáveis pelo centro comercial já aboliram os lugares, S. João da Madeira deu um enorme salto para o século XXI e, consta, o número de amolgadelas no parque de estacionamento aumentou para o dobro.
Estou a brincar. Ao que sei, as automobilistas são tão habilitadas quanto os automobilistas. Não há nenhum motivo para tratar as mulheres ao volante como débeis mentais e cobri-las de medidas paternalistas e humilhantes. Essas ficam reservadas para as mulheres na política, as quais, conforme as quotas e o próprio BE justamente admitem, são uns casos perdidos de subalternização e incapacidade."
O género de vida que os activistas do género levam não lhes permite serem estilistas da língua, mas a tese vingou: a CIG subscreveu a queixa do BE e acrescentou que a grotesca ideia dos lugares femininos sugere que "as mulheres são menos capazes, também a conduzir e a estacionar (...) subalternizando-se desta forma as mulheres e as suas capacidades e interesses". Um nojo, em suma, felizmente travado a tempo: os responsáveis pelo centro comercial já aboliram os lugares, S. João da Madeira deu um enorme salto para o século XXI e, consta, o número de amolgadelas no parque de estacionamento aumentou para o dobro.
Estou a brincar. Ao que sei, as automobilistas são tão habilitadas quanto os automobilistas. Não há nenhum motivo para tratar as mulheres ao volante como débeis mentais e cobri-las de medidas paternalistas e humilhantes. Essas ficam reservadas para as mulheres na política, as quais, conforme as quotas e o próprio BE justamente admitem, são uns casos perdidos de subalternização e incapacidade."
Alberto Gonçalves
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