Votar neles, para quê?
“Progrediu-se mais nas últimas três décadas do que em séculos de existência”.
Longe vá o agoiro, mas seria interessante se, por qualquer razão, mesmo virtual, PCP e Bloco de Esquerda, ou uma coligação entre os dois, tivesse a oportunidade de governar Portugal nos tempos que correm. As sondagens mostram que os dois partidos à esquerda do PS têm aumentado a influência e detêm quotas de votações muito superiores à sua realidade sociológica, como resultado das difíceis reformas de Sócrates para criar um País moderno.
Na prática, os dois partidos têm vindo a beneficiar do chamado ‘voto de vingança’ de militantes e simpatizantes do PS e até de outros partidos à sua direita que, não vendo contemplados os seus interesses, ‘castigam’ o partido no poder sem cuidar de avaliar todas as implicações das suas opções. Com o PCP e o BE, Portugal seria um país isolado. Não estaríamos na União Europeia, não beneficiaríamos das ajudas que permitiram corrigir em poucos anos as grandes assimetrias do País. Não haveria estradas a ligar todas as regiões, metade do País continuava sem água canalizada e sem electricidade, o saneamento básico herdado de Salazar permaneceria, os mais desfavorecidos viveriam no mais completo abandono.
É indiscutível que Portugal tem hoje uma qualidade de vida inimaginável há 30 anos. Progrediu-se mais nas últimas três décadas do que em séculos de existência. Isso foi feito em democracia e por gente que nunca pôs em causa a liberdade. Não por forças de extrema-esquerda no poder que não gostam da liberdade para todos, que não aceitam a democracia como o sistema menos injusto da organização dos povos em sociedade. Viu-se em 1975. Creio que ninguém tem dúvidas de que seria um verdadeiro desastre se esse fundamentalismo saltasse da Assembleia da República para São Bento. A demonstração está feita. Se olharmos o Mundo concluímos que já não existem governos e países (uma ou outra excepção) erguidos na base desse extremismo. As pátrias do comunismo acabaram, seguem agora outras políticas e tudo indica que, mais cedo ou mais tarde, se irão pautar pelos princípios da democracia.
A Rússia e a China há muito que abandonaram a velha cartilha que o PCP e o Bloco de Esquerda andam a ‘vender’ por todo o País. O princípio de que ‘os ricos que paguem a crise’ já não tem sequer aplicação no mundo global. Tudo seria pior com a terapia anacrónica preconizada por esses partidos para a resolução dos problemas portugueses. Felizmente o Governo deste país não está nas suas mãos e deles nada depende. Votar neles, para quê? Para a direita se consolar no poder?"
Emídio Rangel
Longe vá o agoiro, mas seria interessante se, por qualquer razão, mesmo virtual, PCP e Bloco de Esquerda, ou uma coligação entre os dois, tivesse a oportunidade de governar Portugal nos tempos que correm. As sondagens mostram que os dois partidos à esquerda do PS têm aumentado a influência e detêm quotas de votações muito superiores à sua realidade sociológica, como resultado das difíceis reformas de Sócrates para criar um País moderno.
Na prática, os dois partidos têm vindo a beneficiar do chamado ‘voto de vingança’ de militantes e simpatizantes do PS e até de outros partidos à sua direita que, não vendo contemplados os seus interesses, ‘castigam’ o partido no poder sem cuidar de avaliar todas as implicações das suas opções. Com o PCP e o BE, Portugal seria um país isolado. Não estaríamos na União Europeia, não beneficiaríamos das ajudas que permitiram corrigir em poucos anos as grandes assimetrias do País. Não haveria estradas a ligar todas as regiões, metade do País continuava sem água canalizada e sem electricidade, o saneamento básico herdado de Salazar permaneceria, os mais desfavorecidos viveriam no mais completo abandono.
É indiscutível que Portugal tem hoje uma qualidade de vida inimaginável há 30 anos. Progrediu-se mais nas últimas três décadas do que em séculos de existência. Isso foi feito em democracia e por gente que nunca pôs em causa a liberdade. Não por forças de extrema-esquerda no poder que não gostam da liberdade para todos, que não aceitam a democracia como o sistema menos injusto da organização dos povos em sociedade. Viu-se em 1975. Creio que ninguém tem dúvidas de que seria um verdadeiro desastre se esse fundamentalismo saltasse da Assembleia da República para São Bento. A demonstração está feita. Se olharmos o Mundo concluímos que já não existem governos e países (uma ou outra excepção) erguidos na base desse extremismo. As pátrias do comunismo acabaram, seguem agora outras políticas e tudo indica que, mais cedo ou mais tarde, se irão pautar pelos princípios da democracia.
A Rússia e a China há muito que abandonaram a velha cartilha que o PCP e o Bloco de Esquerda andam a ‘vender’ por todo o País. O princípio de que ‘os ricos que paguem a crise’ já não tem sequer aplicação no mundo global. Tudo seria pior com a terapia anacrónica preconizada por esses partidos para a resolução dos problemas portugueses. Felizmente o Governo deste país não está nas suas mãos e deles nada depende. Votar neles, para quê? Para a direita se consolar no poder?"
Emídio Rangel
1 Comments:
Inimaginável há trinta anos?
Onde estava no 25 de Abril?
Em 3 décadas que em 3 séculos?
Ouvi falar num tal de capitão Rangel, mas esse acho que estava em África a lutar pelo MPLA, histórias decerto, portanto não tem nada a ver, esqueçam.
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