Questões da oposição a José Sócrates
"Francisco Louçã (BE) :
"Está disponível para integrar no Estado os 117 mil precários existentes?"
"É verdade. Celebramos acordos com os sindicatos, que na sua lógica são pouco sérios, para que depois de se auditarem essas situações se integrarem efectivamente os trabalhadores em contrato de funções públicas caso se verifique que devem ter um vínculo permanente", adiantou José Sócrates. Mas rapidamente o tom do diálogo entre o líder do Bloco e o primeiro-ministro ficou crispado, com os dois a trocarem mutuamente acusações de "mentirosos". O líder bloquista denunciou que o "secretário-geral da UGT andou com o dirigente da comissão política nacional a explicar o Código do Trabalho aos militantes do PS". Na resposta José Sócrates acusou o BE de querer "desprestigiar e condicionar" a UGT para não fazer qualquer acordo com o Governo, condenando Francisco Louçã por não resistir "ao ataque pessoal". "O BE pretende atacar, desprestigiar, condicionar a UGT", acusou Sócrates dizendo que "infelizmente o deputado Francisco Louçã não resiste ao ataque pessoal".
Santana Lopes (PSD) :
"Reconhece que Mário Soares foi demagógico quando analisou as questões da pobreza e das desigualdades sociais?"
"Há 910 mil portugueses com menos de dez euros por dia. Isso está de facto no relatório", confirmou, José Sócrates adiantando que o título do quadro remete esses dados para o ano de 2004, e acusando Santana Lopes de tentar "vender aos portugueses um tremendo embuste". "Onde chegou a desfaçatez política", observou. "Um político indignar-se com um número que diz respeito a um momento em que exerceu as funções de primeiro-ministro é o máximo do descaramento, eu essa nunca tinha visto em Portugal", acrescentou. Pedro Santana Lopes discordou, insistindo que "a situação agravou-se no país". O líder parlamentar laranja replicou mesmo : "Acha que Mário Soares, D. José Policarpo, o deputado Manuel Alegre estão todos errados? E que medidas pensa tomar?", questionou. Santana Lopes desvalorizou o facto de ter referido dados de 2004, sublinhando a curta duração do seu Governo: "não vale a pena fazer comentários a essas afirmações de que o indicador de pobreza se deve a seis meses de governação. É tão ridículo que não vale a pena".
Jerónimo de Sousa (PCP) :
" Não acha que a situação excepcional em matéria de combustíveis obriga a medidas excepcionais?"
José Sócrates lembrou as medidas anunciadas há uma semana na Assembleia da República, "como o congelamento dos preços dos passes sociais e os aumentos em 25 % dos abonos de família para os agregados familiares com menores rendimentos". Para o primeiro-ministro "uma intervenção directa do Governo, advertiu Sócrates, "era pôr o dinheiro de todos em jogo".
O líder comunista atacou, ainda, José Sócrates por, nos últimos anos, ter uma política que retira poder de compra aos portugueses e de dar "umas migalhas aos pobres". Na resposta Sócrates ripostou: "Acha que 120 milhões de euros por ano é uma migalha". O secretário-geral do PCP acusou, ainda, José Sócrates de ter um discurso que "soa a falso" e de não ter "medidas nem acções sobre a especulação bolsista".
Paulo Portas (CDS):
"Face ao falhanço das projecções macro-económicas, vai apresentar um orçamento rectificativo?"
"Chegaremos ao fim do ano com um Orçamento que terá o menor défice público em trinta anos de Democracia" garantiu José Sócrates. Para o primeiro-ministro "a despesa está controlada e irão ser cumpridas as metas orçamentais". "Chegaremos ao fim do ano com um orçamento que terá o menor défice da democracia portuguesa", afirmou Sócrates.
Perante as críticas de Portas por o Governo não baixar a carga fiscal sobre os combustíveis, Sócrates frisou que na altura do Governo PSD/CDS-PP o imposto, que era mais alto, não foi reduzido. José Sócrates acusou Paulo Portas de querer "fazer os portugueses acreditarem" que a culpa das subidas dos preços dos combustíveis é do Governo" , considerando que o líder do CDS-PP "está a fazer aproveitamento político mais básico e primário" da alta dos preços. Já o líder popular criticou duramente as políticas económica e fiscal de José Sócrates, considerando que "arruinam o poder de compra" dos portugueses e "sufocam as empresas". Os "abusos do fisco" face aos contribuintes e o "esquecimento dos mais pobres" foram também razões invocadas por Portas.
"As famílias estão endividadas como nunca estiveram", acrescentou Paulo Portas. "
"Está disponível para integrar no Estado os 117 mil precários existentes?"
"É verdade. Celebramos acordos com os sindicatos, que na sua lógica são pouco sérios, para que depois de se auditarem essas situações se integrarem efectivamente os trabalhadores em contrato de funções públicas caso se verifique que devem ter um vínculo permanente", adiantou José Sócrates. Mas rapidamente o tom do diálogo entre o líder do Bloco e o primeiro-ministro ficou crispado, com os dois a trocarem mutuamente acusações de "mentirosos". O líder bloquista denunciou que o "secretário-geral da UGT andou com o dirigente da comissão política nacional a explicar o Código do Trabalho aos militantes do PS". Na resposta José Sócrates acusou o BE de querer "desprestigiar e condicionar" a UGT para não fazer qualquer acordo com o Governo, condenando Francisco Louçã por não resistir "ao ataque pessoal". "O BE pretende atacar, desprestigiar, condicionar a UGT", acusou Sócrates dizendo que "infelizmente o deputado Francisco Louçã não resiste ao ataque pessoal".
Santana Lopes (PSD) :
"Reconhece que Mário Soares foi demagógico quando analisou as questões da pobreza e das desigualdades sociais?"
"Há 910 mil portugueses com menos de dez euros por dia. Isso está de facto no relatório", confirmou, José Sócrates adiantando que o título do quadro remete esses dados para o ano de 2004, e acusando Santana Lopes de tentar "vender aos portugueses um tremendo embuste". "Onde chegou a desfaçatez política", observou. "Um político indignar-se com um número que diz respeito a um momento em que exerceu as funções de primeiro-ministro é o máximo do descaramento, eu essa nunca tinha visto em Portugal", acrescentou. Pedro Santana Lopes discordou, insistindo que "a situação agravou-se no país". O líder parlamentar laranja replicou mesmo : "Acha que Mário Soares, D. José Policarpo, o deputado Manuel Alegre estão todos errados? E que medidas pensa tomar?", questionou. Santana Lopes desvalorizou o facto de ter referido dados de 2004, sublinhando a curta duração do seu Governo: "não vale a pena fazer comentários a essas afirmações de que o indicador de pobreza se deve a seis meses de governação. É tão ridículo que não vale a pena".
Jerónimo de Sousa (PCP) :
" Não acha que a situação excepcional em matéria de combustíveis obriga a medidas excepcionais?"
José Sócrates lembrou as medidas anunciadas há uma semana na Assembleia da República, "como o congelamento dos preços dos passes sociais e os aumentos em 25 % dos abonos de família para os agregados familiares com menores rendimentos". Para o primeiro-ministro "uma intervenção directa do Governo, advertiu Sócrates, "era pôr o dinheiro de todos em jogo".
O líder comunista atacou, ainda, José Sócrates por, nos últimos anos, ter uma política que retira poder de compra aos portugueses e de dar "umas migalhas aos pobres". Na resposta Sócrates ripostou: "Acha que 120 milhões de euros por ano é uma migalha". O secretário-geral do PCP acusou, ainda, José Sócrates de ter um discurso que "soa a falso" e de não ter "medidas nem acções sobre a especulação bolsista".
Paulo Portas (CDS):
"Face ao falhanço das projecções macro-económicas, vai apresentar um orçamento rectificativo?"
"Chegaremos ao fim do ano com um Orçamento que terá o menor défice público em trinta anos de Democracia" garantiu José Sócrates. Para o primeiro-ministro "a despesa está controlada e irão ser cumpridas as metas orçamentais". "Chegaremos ao fim do ano com um orçamento que terá o menor défice da democracia portuguesa", afirmou Sócrates.
Perante as críticas de Portas por o Governo não baixar a carga fiscal sobre os combustíveis, Sócrates frisou que na altura do Governo PSD/CDS-PP o imposto, que era mais alto, não foi reduzido. José Sócrates acusou Paulo Portas de querer "fazer os portugueses acreditarem" que a culpa das subidas dos preços dos combustíveis é do Governo" , considerando que o líder do CDS-PP "está a fazer aproveitamento político mais básico e primário" da alta dos preços. Já o líder popular criticou duramente as políticas económica e fiscal de José Sócrates, considerando que "arruinam o poder de compra" dos portugueses e "sufocam as empresas". Os "abusos do fisco" face aos contribuintes e o "esquecimento dos mais pobres" foram também razões invocadas por Portas.
"As famílias estão endividadas como nunca estiveram", acrescentou Paulo Portas. "
Etiquetas: porque é que a política é cada vez mais interessante.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home