sexta-feira, junho 06, 2008

E AS FEMINISTAS, NÃO FESTEJAM?

"Pelos vistos, as "bases" (ou um pedaço das "bases") estavam com a candidata das "elites". E depois? Para consumo externo, a parca vitória de Manuela Ferreira Leite talvez componha, por um período indeterminado, a imagem do tal partido "sério" e, à superfície, vagamente coeso. Para consumo interno, a seriedade e a coesão não vêm ao caso. Fora do Parlamento, Santana nunca deixará de "andar por aí". Menezes, o colérico sentimental de Gaia, já jurou "andar por aí". E Passos Coelho, amadurecido pelos estímulos da campanha, arranjou argumentos para desatar a "andar por aí" sem parança. "Aí", escusado dizer, é aquele lugar nebuloso onde os ímpetos conspirativos do PSD se voltam contra si mesmo. E que apenas as perspectivas de poder tornam pouco frequentado.

Acontece que o PSD não tem perspectivas de poder. Bem espremida (com todo o respeito), na prática a dra. Ferreira Leite distingue-se do eng. Sócrates apenas na medida em que não promete salvar o país. E o facto de o país aspirar a ser salvo, ainda que pela atarantada impotência do primeiro-ministro, é um problema, uma bênção e uma fatalidade. Um problema para a presidente do PSD, que não terá grande descanso. Uma bênção para o eng. Sócrates, que continuará sem grande oposição. E uma fatalidade para o país, à nora como sempre
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Alberto Gonçalves

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