segunda-feira, junho 09, 2008

Petróleo em alta

"O petróleo está a ser o motor dos problemas económicos, financeiros e sociais que estão a limitar as condições de vida em todo o mundo. A crise alimentar tem na sua origem o aumento dos custos de combustíveis e o facto de as matérias-primas agrícolas estarem a funcionar como alternativa de investimento. Os investidores estão a fugir da bolsa, não só por causa do abrandamento económico - provocado pela subida da factura energética -, mas também na sequência da grave crise financeira originada no sector imobiliário norte-americano (subprime). O abrandamento dos EUA que os problemas no subprime geraram está também intimamente ligado à desvalorização do dólar que está, por sua vez, em estreita relação com a escalada do barril de crude. E a queda do dólar tem acelerado com o aumento do diferencial das taxas de juro entre os EUA e as outras economias, em particular a da Zona Euro. Onde, na última semana, o Banco Central Europeu admitiu que pode não ter outra alternativa que não aumentar esse diferencial subindo os juros - porque a inflação continua a subir, devido ao petróleo mais alto.

Resta a única opção na qual os países consumidores não dependem nem da Ásia nem do Médio Oriente: reduzir o consumo e promover alternativas como as energias renováveis. No entanto, ainda que possível, esta solução nunca terá efeitos imediatos, como resumiu, no final do G8, o secretário de Estado da Energia norte-americano, Sam Bodman: "há poucas coisas que possamos fazer no curto prazo". Daí que a perspectiva de o petróleo chegar aos 150 dólares nas próximas semanas seja cada vez mais real, aumentando os problemas dos consumidores em todo o mundo. E prolongando em mais uns meses os cenários traçados sobre os prazos da crise económica mundial
(mais aqui)".

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