quinta-feira, junho 12, 2008

Platão, o amor platónico e o processo Casa Pia

Essas depravações conhecidas como «O caso Casa Pia» de que, ultimamente, tanto se fala, sempre me fazem lembrar Platão.
– Mas, – perguntará o leitor – o que é que o grande filósofo grego terá a ver com tão sórdido assunto?
– Tem. Senão vejamos:
O tipo de amor que certos homens são capazes de sentir por uma mulher, olhando-lhe os olhos, em vez lhe apalpar as mamas; .lendo-lhe versos, sem a menor intenção de a levar a abrir as pernas, é o que vulgarmente se chama «amor platónico»
No entendimento comum, trata-se, de um amor puramente espiritual, sem desejo sexualmente expresso nem laivos de sensualidade. Digamos, falando terra-a-terra, que o amor platónico está para o amor físico como um copo de água da EPAL (vulgo, da torneira) está para um copo de Cartaxo tinto. Todavia, para o filósofo grego Platão, cujo nome está na base da conhecida expressão, o amor não era tão inocente quanto isso. Era, sim, depravado e não pouco. No entender dele, o amor «só atingia a perfeição, se acontecesse entre um homem nobre e um rapaz belo e em harmónico desenvolvimento». Sintomático, não?
O amor platónico, não é pois mais de uma vulgar e descarada panasquice.
Platão procurava nos estádios, entre os atletas gregos, os seus parceiros sexuais. Se vivesse hoje e em Lisboa, não os iria procurar aos estádios, embora também lá haja bom e disponível material. Iria, á noite, procurá-los no Parque Eduardo VII e nas imediações da Casa Pia.
Seria um dos mais assíduos clientes do Bibi.

José Vilhena

Palavras sabias estas do Mestre...

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