Sintra subterrânea - 2ª Parte
OS TÚNEIS E POÇO DO MONTEIRO DOS MILHÕES
Outro local onde se descobriram túneis e passagens plutónicas foi na famosa Quinta da
Torre, também conhecida por Quinta da Regaleira, situada na subida para Seteais.
Esta propriedade, adquirida em 1893 pelo dr. António Augusto de Carvalho Monteiro, a
quem deram a alcunha de Monteiro dos Milhões devido à sua enorme fortuna pessoal, viria a provar a grande amplitude da rede de subterrâneos da Serra de Sintra quando o seu não menos rico e enigmático proprietário resolveu mandar abrir duas passagens do subsolo para ligar o palácio à capela e à casa do guarda.
Talvez sem surpresa do milionário, estas obras foram desembocar numa rede de túneis
antigos, surgindo numa das grutas assim postas a descoberto pequena imagem de pedra cor-de-rosa, representando um ser com aspecto feminino mas pisando um animal parecido com o mitológico dragão, só que exibindo certas formas humanas.
Augusto de Carvalho Monteiro seguiu, igualmente, a insólita tradição de fazer buracos profundos na Montanha da Lua pois, além das diversas galerias da sua autoria, ainda detectáveis na Quinta da Regaleira, ordenou a escavação de um «poço» com
Pelas paredes deste «poço», cuja possibilidade de servir para captar água é posta de parte por quem nele penetra, desce uma escada em caracol com 139 degraus e apoiada em colunas.
No fundo depara-se com mais passagens subterrâneas reforçando a ideia de que tanto
buraco não teria sido aberto por acaso...
UMA TRADIÇÃO MUITO FECUNDA QUANTO A SUBTERRÂNEOS
A Tradição portuguesa é fecunda quanto a referências sobre as grutas e túneis sintrenses, chegando a fazerem parte das lendas do povo de regiões afastadas da Montanha da Lua.
A Serra de Montejunto, por exemplo, localiza-se a cerca de cinquenta quilómetros a
Nordeste da Serra de Sintra mas os seus habitantes, segundo o livro de António Oliveira Melo, António Rodrigues Guapo e José Eduardo Martins, “O Concelho de Alenquer”, pensam e garantem:
– A terra e o mar interpenetram-se. De uma ponta à outra, da serra de Sintra à serra de Montejunto, a montanha está rota por baixo e o mar chega a entrar por ela dentro.
Será esta Montanha, às portas de Lisboa, uma das Cem Portas do mais fabuloso que mítico Reino de Agharta, onde “reside” o Rei do Mundo?
Helena P. Blavatsky, fundadora da Sociedade de Teosofia, falou nesse país subterrâneos
em 1888, na sua obra “A Doutrina Secreta”, a «bíblia» de grande número de ocultistas. Mas foi alguns anos mais cedo que a lenda ou história verídica de Agharta teve a sua maior divulgação junto do público, com as obras insólitas de Saint-Yves d´Alveydre.
Nelas este estranho homem profetizou muitos acontecimentos de grande relevo que vieram
a suceder alguns cem anos depois da sua morte, entre eles a implantação do Comunismo na China e a união da Europa, ou Comunidade Económica Europeia...
Após contactos com uma personagem misteriosa, a quem chamou Instrutor, o escritor
publicou a “Missão da Índia na Europa”, livro enigmático onde diz revelar os segredos desvendados pelo seu Mestre.
O Reino de Agharta seria, então, uma cidade subterrânea e iniciática onde viveriam milhões
de pessoas, Igreja primitiva conservada em segredo, talvez a equivalência do Reino do Prestes João, conservando-se assim até à implantação da Sinarquia no Mundo.
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