Sampaio e o livro.

"Em relação ao livro de Gonçalo Amaral, o ex-Presidente considera que «se ele tem esta tese, ou é apenas uma tese da sua conjectura ou tem dados factuais importantes para a reabertura desta instrução», então deve apresentá-los «e não deixar aqui um aroma de desvios, de conotações aparentemente políticas que são também graves para o país (mais aqui)».

Como Sampaio não teve a disponibilidade de Judite de Sousa que, para entrevistar Gonçalo Amaral, teve o cuidado de ler o livro dele até ás cinco da manhã (conforme ela própria referiu), deixa no ar um aroma “de desvios” que felizmente não serão “graves para o país” mas só para quem não filtrou o seu discurso. E sendo o livro foi escrito com “rigor e honestidade de alguém que tem conhecimento directo dos factos” como afirmou o seu autor (mais aqui)”, merecia uma apreciação mais cuidada e com o devido conhecimento da matéria em causa. E merecia porque, se calhar, a verdadeira história é outra… No entanto não deixa de ter razão ao afirmar que

“o que eu acho verdadeiramente insólito, do ponto de vista das instituições e do prestigio que temos que defender perante o estrangeiro, é que o antigo director da PJ, Procurador-Geral adjunto, venha criticar o arquivamento quando ele esteve a gerir esse processo e pressuponho que a constituição de arguido não lhe foi desconhecida por inteiro. Acho isto uma coisa espantosa do ponto de vista de tirar o tapete aos colegas sucessores do cargo. Isto não há democracia que justifique"